O magnata das comunicações Rupert Murdoch fez oferta hostil pela Grupo Dow Jones, embora em comunicados a News Corporation, de Murdoch, assegure que a proposta de US$ 5 bilhões pelo grupo que edita o Wall Steet Journal seja “amigável”. Só que os acionistas majoritários garantem que vetarão o lance, o que caracteriza a hostilidade da oferta. De qualquer forma, as adormecidas ações da Dow Jones subiram com a oferta e movimentaram o pregão de Nova York e as especulações em torno do futuro da mídia nos Estados Unidos.
Há especulações de que poderão haver contrapropostas de outros grupos como a como a Bloomberg, os jornais Washington Post e New York Times e a General Electric, que é dona da CNBC com a qual a Dow Jones tem acordo de parceria até 2012, segundo informações veiculadas pela agência internacional de notícias Reuters, que destacou a elite de seus repórteres para acompanhar esse negócio, que mexe com o tabuleiro do mercado de comunicação.
Os ativos norte-americanos da News Corp incluem as emissoras de televisão Fox e Fox News, os estúdios 20th Century Fox e o New York Post. Além do Wall Street Journal, os ativos da Dow Jones incluem o site financeiro MarketWatch Inc, o semanário financeiro Barron e a Dow Jones Newswires.
Segundo cálculos da Reuters, o valor apresentado por Murdoch representa um gano de 66% sobre o valor da ação cotado antes do dia 30 de abril último. A família Bancroft, que responde pelo maior volume das ações com direito a voto – são duas classes de papéis – promete, porém, resistir à venda, ou barrar as pretensões de Murdoch de tornar-se o mandarim do grupo. Alguns analistas não descartam, porém, a possibilidade de acordo, caso a família que tem reputação no mercado de comunicação continue a responder editorialmente pelo grupo, uma vez que afiança a credibilidade das publicações, especialmente do famoso e temido “Journal”.
A fome de Murdoch é imensa, assim como é imenso o seu poder de fogo. No mercado de capitais e comunicação nos EUA este promete ser o assunto da semana.