O presidente do Bradesco, Marcio Cypriano, falou das ações de sustentabilidade do banco sediado na Cidade de Deus, em Osasco, ao divulgar hoje o lucro líquido de R$ 8 bilhões dos banco, dos quais R$ 2,4 bilhões oriundos das operações de seguro. Em resposta à pergunta de Plurale em site, Cypriano detalhou uma das ações que considera de fundamental importância e que integra o conjunto das que fazem parte do Banco do Planeta, lançando em novembro, e que visa preservar a Amazônia.
– Fechamos acordo com a Fundação Amazônia Sustentável, pelo qual desembolsamos R$ 20 milhões e vamos desembolar R$ 10 milhões a cada ano por um perído de cinco anos, visando transformar populações ribeirinhas que hoje contribuem para a devastação de áreas de florestas e rios, em preservacionistas. O mecanismo é simples, com essas atividades que interferem no meio ambiente, os ribeirinhos chegam a ganhar R$ 38, então vamos instituir bolsa de R$ 50 para que ele não exerça essa atividade e, ao contrário, fiscalize a área para que outros não o façam, tornando-se assim um agente de preservação. Assim, rapidamente estaremos devolvendo à natureza o seu equilíbrio. É um projeto que envolve o governo do Amazonas e que estamos cientes dará bons resultados. A Amazônia hoje é o centro do mundo, especialmente quando se fala de aquecimento global.
E os recursos?
Eles virão de produtos que vamos lançar atrelando essas ações a eles, como cartão de crédito, seguro e outras modalidades em que parte da receita será destinada ao projeto.
Com a crise bancária internacional, a visibilidade do Bradesco ficou maior no mercado externo.
-Sem dúvida. Hoje somos a sétima instituição financeira, devido a resultado e patrimônio, com maior visibilidade no mercado internacional. Estamos avaliados em US$ 60 bilhões. O que fazemos é visto e percebido. Uma boa percepção é fundamental.
A intenção, é clara, é a de ampliar ainda mais a visibilidade do banco. Cypriano reiterou ainda que a Fundação Bradesco continuará exercendo o seu papel na educação, tendo participado do aprendizado, de 660 mil crianças. E, como o momento de instabilidade no mercado internacional, envolvendo grandes bancos, ainda preocupa o mercado, o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, deu dois recados na manhã de hoje. O primeiro que a regra de aposentadoria do presidente aos 65 anos – neste caso, Marcio Cypriano deveria deixar o comando da instituição em março de 2009 – não rígida. “Pode ser revista. Tudo vai depender do cenário, do momento”, disse Brandão. O segundo recado diz respeito às críticas que a Companhia Vale do Rio Doce vem sofrendo desde que revelou a intenção de comprar a anglo-suíça Xstrata. “A Vale tem que olhar todas as oportunidades”, afirmou.
Já Márcio Cypriano revelou que o Bradesco tem realmente interesse em comprfar a corretora Ágora. E está analisando o negócio, ressaltando que o banco nada tem a ver com a Bradespar, que tem hoje o controle da Vale.