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CASA DAS ROSAS CELEBRA KAFKA - Revista Publicittà CASA DAS ROSAS CELEBRA KAFKA - Revista Publicittà

CASA DAS ROSAS CELEBRA KAFKA

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Imagine acordar um dia e perceber que você se transformou em um inseto gigante e de aparência nada agradável. Esta atmosfera de estranhamento e transformação pode ser observada na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de poesia e literatura desde ontem, 7, na exposição Um corpo estranho – Centenário de publicação de A metamorfose, de Kafka, que teve sua primeira edição em formato livro em novembro de 1915. A Casa das Rosas é uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, administrada pela organização POIESIS.

A mostra aborda a vida e obra de Franz Kafka, autor tcheco que produziu textos desconcertantes, originais na temática e na forma, reconhecido tempos depois de sua morte e até hoje como um dos criadores mais importantes na história da literatura. “Um corpo estranho propõe uma releitura de A metamorfose a partir do diálogo entre o texto, os diários, a Carta ao pai, os aforismos e os autores que refletiram ou resgataram o legado kafkiano”, comenta Reynaldo Damazio, curador da mostra. O evento tem expografia de Ivanei Silva.
O destaque é a obra A metamorfose, com uma sala especial inspirada no quarto de Gregor Samsa, personagem clássico que se transforma em um inseto asqueroso da noite para o dia. Porém, também são relembrados outros livros como Carta ao pai; além de seus diários. Aspectos da vida conturbada do autor e de sua relação conflituosa com o pai também farão parte da mostra, assim como recriações e interpretações de sua obra que foram publicadas posteriormente à sua morte.

A exposição é separada por três núcleos expositivos. Os ambientes têm fotos, ilustrações, sonorização e ambientação especial para que o visitante conheça um pouco da obra e do caráter de pessimismo, dúvidas, estranhamento, insegurança e transformação presentes na obra de Kafka. A mostra também reservará algumas surpresas para o visitante. Um corpo estranho ficará em cartaz até 29/2/2016. A entrada é gratuita.

SAIBA MAIS: NÚCLEOS EXPOSITIVOS NÚCLEO UM: Corpo mutante A narrativa de “A metamorfose” encena a transformação do corpo de Gregor Samsa como um processo aparentemente natural, um rito de passagem para a revelação de sua identidade no círculo familiar e na vida profissional, como um ser/inseto/animal desprezível, ainda que provoque estranheza e repulsa. Não há causa, ou justificativa, para sua transformação/deformação. O quarto de Samsa pode ser um microcosmo da cidade (Praga), em uma visão labiríntica, como o próprio texto ao descrever em detalhes os movimentos do “inseto monstruoso”. O texto também é um espelho em que a realidade se deforma. Conto como labirinto onde se move o corpo mutante. Ficção como espelho da deformação.

NÚCLEO DOIS: Corpo palavra Neste segmento está representada a relação tensa, angustiada, de estranhamento e insatisfação de Kafka com a linguagem, com a ficção, seu mal estar no mundo e em relação ao pai. Os dados biográficos ficam em segundo plano para que a voz do escritor e seus fantasmas, angústias, reflexões se desvelem ao leitor e ajudem a entender o seu pensamento e o modo como encarou a literatura. Os elementos cenográficos são formados a partir dos diários de Kafka, da “Carta ao pai” e de seus aforismos. A culpa, a dúvida, a insegurança, a obsessão pela escrita de ficção estão na raiz de seus apontamentos, e são uma ferida que não cicatriza, como a maçã cravada nas costas de Samsa/inseto.

NÚCLEO TRÊS: Pós-corpo O conto/novela de Kafka se metamorfoseia nas tentativas de interpretação e análise, que são um verdadeiro desafio, tour de force, intelectual e inseminam outras obras, novas linguagens: textuais, plásticas, gráficas, um pós-corpo.  Por que esse texto enigmático, ao mesmo tempo fantástico, grotesco, e de um realismo assustador ainda nos incomoda, faz pensar, sensibiliza e provoca tantas analogias e releituras? O que causa estranhamento na obra de Kafka? Talvez o estranhamento esteja na raiz de sua ficção e a deformação um mecanismo de atrito ficcional com o real, esse monstro que Kafka tenta revelar com rigor e precisão cirúrgicas. Como desdobramento do Núcleo Três, será incluída uma instalação com um poema de Haroldo de Campos. Ficha Técnica: Curadoria: Reynaldo Damazio Expografia: Ivanei Silva Design gráfico: Ângela Kina Coordenação de projeto: Carmem Beatriz de Paula Henrique

Serviço: Exposição : “Um corpo estranho”
De 07/11/15 a 29/02/16
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô.
Horário de funcionamento: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h; Domingos e feriados, das 10h às 18h.

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