A diretora de Grupo de Planejamento da Africa, Marcia Neri, conta sua experiência durante os dias que esteve na NRF e como o planejamento pode atuar em contas de varejo, de forma a construir valor para as marcas.
Foram dias intensos, mais de 100 painéis apresentados, e o que mais se escutou por aqui, além de big data e omnichannel como diferencial estratégico, foi sobre como a tecnologia está sendo usada para oferecer uma experiência de compra surpreendente.
Nada de muito revolucionário e que já não temos debatido, mas é interessante quando escutamos esse discurso de grandes especialistas. É como um grande pulso do que está sendo feito e discutido no mundo do varejo.
Alguns termos que vieram com força total foram:
“consumerization”, ou seja, o poder na mão do consumidor e não mais nos varejistas. Isso significa que a forma, o momento e o canal que ele utilizará é de sua absoluta automia. O cliente deixa de ser um consumidor de produtos e passa a demandar soluções que o permitam vivenciar uma experiência de compra ao mesmo tempo simples e encantadora.
“burred lines”, ou seja, estamos imersos em um contexto onde não se sabe mais onde está o digital ou o físico. O consumidor é on e off ao mesmo tempo e a experiência deve ser única e total. É o fim dos canais e o início do fenômeno #Physical, como intitulou Kevin Mackenzie, da Westfield Labs.
“brick is the new black”, a loja continua a ser o centro da jornada de compras e se torna cada vez mais o playground social das marcas. É o varejo readequando seu visual merchandising para oferecer curadoria e uma mensagem em tom de conversa, explorando todos os touchpoints do consumidor além da vitrine.
E, o mais importante, “purpose”. Segundo Bob Safian, editor chefe da revista Fast Company, “estamos vivendo em um momento de caos”, nossos consumidores têm muita informação e mudam tudo o tempo todo, a tecnologia deu a eles um poder que ele não tinha. Ele define este momento como “Age of Flux ” e enfatiza que irá sobreviver não quem quebrar paradigmas ou inovar, mas quem tiver mais fluidez.
“O que vai valer são as emoções, o elemento mais primitivo do ser humano. Por isso as marcas precisam demonstrar para que vieram, o seu propósito. Isso sim garante a longevidade do seu negócio.”
“Volto da NRF com mais vontade de trabalhar com marcas de varejo e ajudá-las a contar uma história e entregar uma experiência alinhada ao seu propósito de existir.”
FONTE: Adnews