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DIÁRIO DO GOLPE: PROTESTOS CONTRA O GOLPE PIPOCAM PELO PAÍS - Revista Publicittà DIÁRIO DO GOLPE: PROTESTOS CONTRA O GOLPE PIPOCAM PELO PAÍS - Revista Publicittà

DIÁRIO DO GOLPE: PROTESTOS CONTRA O GOLPE PIPOCAM PELO PAÍS

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Estudantes, sem convocação partidária, fazendo uso das redes sociais ocuparam a Avenida Paulista no feriado de quinta-feira, 21 de abril, e ontem, 23, repetiram a dose no Vale do Anhangabaú, também em São Paulo. No Rio, em Brasília, Porto Alegre, Fortaleza e nas principais praias do país, os protestos em defesa da democracia pipocam pelo país e também no exterior onde a hashtag #StopCoupInBrazil tem ocupado a lista das mais difundidas em redes sociais como o Twitter. Em Brasília ontem, 23, foi a vez de um grupo de aproximadamente 150 manifestantes do Levante Popular da Juventude do Distrito Federal fazer um protesto de aproximadamente uma hora em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer. Com faixas e cartazes, os manifestantes acusavam Temer de golpista e traidor da pátria, em uma ação batizada de “Escracho contra Temer”. Em teatros e locais de aglomeração de estudantes e populares os protestos contra o impeachment e o golpe na democracia mostram que o brasileiro não aceitará a cassação dos 54 milhões de votos que deram a vitória nas urnas, em 2014, para a presidenta Dilma Rousseff.

Em defesa da democracia, os protestos espontâneos tendem a crescer, sobretudo face ao impacto do circo que foi a aprovação do impeachment pela Câmara de Deputados, presidida por Eduardo Cunha (PMDB/RJ), réu em processo de corrupção no Supremo Tribunal Federal (STF) que parece não ter urgência, assim como a Câmara dos Deputados, em aplicar a lei contra Cunha, assim como editoriais da grande imprensa golpista que defendem que a prioridade é o impeachment de Dilma e não o combate sem tréguas à corrupção.

Segundo um dos líderes da manifestação que ocorreu em Brasília, que se identificou apenas como Pacheco, o grupo foi responsável pelos protestos da última quinta-feira (21) em frente à casa do vice-presidente, no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Pacheco disse que Temer só deixou São Paulo e retornou a Brasília por causa dos manifestantes.

“Não aceitaremos um governo ilegítimo, conquistado por golpistas. Para nós, neste momento da conjuntura política brasileira, nossa jovem democracia está ameaçada. Uma presidente legitimamente eleita por mais de 54 milhões de pessoas, que não é acusada de qualquer crime, seja de corrupão ou responsabilidade fiscal, está correndo o risco de ser afastada em um golpe orquestrada por esses traidores da pátria, como Temer, Cunha [Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados] e outros”, disse Pacheco.

Em São Paulo neste sábado, 23, centenas de estudantes reuniram-se no final de tarde no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, para protestar contra o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que consideram um golpe. O número de manifestantes não foi informado pela Polícia Militar.

O ato foi convocado pela internet. Um dos organizadores é Rafael Reiter, que disse não pertencer a nenhum partido ou movimento social.  “Participo de um grupo de universitários, apartidário, nada registrado, onde temos um projeto chamado Plantando Arte. Temos o intuito de fazer conscientização. Nós nos reunimos e montamos o evento e começamos a chamar todo mundo”, disse ele à Agência Brasil.

De acordo com Reiter, a intenção dos manifestantes é permanecer hoje no Vale do Anhangabaú, sem fazer caminhada. Ele dissse que o ato não se encerra hoje e que outras manifestações devem ser marcadas nos próximos dias, principalmente no dia da votação do processo da admissibilidade do processo no Senado.

Os estudantes dançam e cantam “Não vou deixar o golpe acontecer de novo, não” e “não vai ter golpe”. Muitos deles desenharam faixas pretas no rosto, que, segundo Reiter, simbilzam o “luto pela atual situação do país”. Um deles fantasiou-se de Dilma Rousseff, carregando a faixa presidencial. “Eu vou apoiar a Dilma. Calma, calma, burguesia”, cantam eles, em ritmo de marchinhas. Em um momento do ato, eles se deram as mãos, em um círculo, para cantar músicas de apoio à presidenta.

No ato, eles criticam também o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem chamam de “ladrão” e “ditador”. “Fora Cunha”, gritam os estudantes. Também houve críticas ao vice-presidente Michel Temer e ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), por sua postura na votação da admissibilidade do processo de impeachment, domingo passado (17) na Câmara. Ao votar, o deputado homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Ao proclamar o voto, Bolsonaro chamou Brilhante Ustra de “pavor de Dilma Rousseff”.

O protesto no Anhangabaú conta com o apoio e a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e de outros movimentos estudantis. “Este ato foi convocado por estudantes, pela internet, e a UNE decidiu apoiar o movimento. O ato vocaliza um pouco desse sentimento que está presente na juventude de uma injustiça muito grande que está acontecendo, o impeachment, com a desmoralização do Congresso Nacional no domingo, já que eles não são legítimos para convocar e conduzir o impeachment. Por isso, este impeachment é um golpe”, disse Carina Vitral, presidente da UNE, em entrevista à Agência Brasil.

Embora tenham manifestado, inicialmente, a intenção de permanecerem no Anhangabaú, de lá eles caminharam até a Avenida Paulista, no início da noite, e fizeram parada em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde manifestantes de um grupo pró-impeachment estão acampados desde meados de março em torno de um pato de campanha da Fiesp alertando, a única verdade, de que pagaremos o pato, sobretudo porque o da Fiesp é engordado por grandes sonegadores de impostos filiados à federação e que constam da lista dos maiores devedores divulgada em outubro do ano passado pelo Ministério da Fazenda (confira aqui). O encontro deu-se, porém, de forma pacífica. (Da redação da Revista Publicittà com Agência Brasil)

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