A plataforma de game mais popular é o smartphone, com 82,8% de jogadores. As mulheres continuam crescendo em representatividade com 47,1% no segmento. 82,1% dos pais costumam jogar com seus filhos.
Pesquisa Game Brasil 2015, realizada pela SIOUX, referência nacional em games e gamificação, e pela BLEND NEW RESEARCH, empresa de pesquisa especializada em consumo, é a nova leitura de campo que traça o perfil do gamer brasileiro. Para essa nova pesquisa houve uma ampliação nos segmentos, que agora abrange não apenas mobile (smartphones e tablets) como também consoles e computadores, além de novos temas como o comportamento de pais e filhos em relação ao uso de jogos nos momentos de lazer.
A base de pessoas e a metodologia foram as mesmas da pesquisa anterior, abrangendo 25 Estados e o Distrito Federal, com 909 entrevistas realizadas no mês de Janeiro.
“Tivemos uma boa consistência dos dados e uma evolução gradual do mercado. Aproveitamos para incluir novos segmentos para ampliar a visão 360º do setor de games”, afirma Lucas Pestalozzi, presidente da Blend Research International.
“O mercado mobile se consolida como a maior plataforma de jogos, porém a barreira da compra continua sendo o maior desafio para quem desenvolve, uma vez que 75% das pessoas só fazem downloads gratuitos” – afirma Guilherme Camargo, CEO da Sioux.
Fatos Interessantes
O gamer brasileiro continua com um perfil multiplataforma – 78,6% joga em mais de um dispositivo. O mais popular é o smartphone, com 82,8% da amostra, ultrapassando o computador/notebook, que em 2013 estava na liderança, com 71,3% e os consoles 56,2%. Os tablets também ganharam espaço e aparecem com 37,4%, 6.4 pontos percentuais a mais do que no painel passado. “A novidade ficou por conta da expansão das Smart TVs que já aparecem também como uma plataforma para jogos com 6,1%”, afirma Lucas, da Blend Research International.
Em 2013 as mulheres representavam 41% dos gamers no Brasil. Neste novo painel já são 47,1% e a faixa etária mais representativa é de 25 a 34 anos.
“Apesar de toda a popularidade da categoria games em ambos sexos e idades, apenas 9,3% se consideram “gamers de verdade” uma vez que a grande maioria joga como uma forma de entretenimento casual”, reforça Guilherme Camargo.
Pais e Filhos – a relação com os jogos digitais
Entre os pais entrevistados, 90,6% afirmam que os filhos jogam algum tipo de plataforma de jogos eletrônicos. A maioria dos pais (71,2%) afirmou que gostam que seus filhos joguem, porém com algumas ressalvas.
O controle do que está sendo baixado ou jogado é feito por 61,8% dos pais. O tempo de duração em frente aos jogos também é supervisionado por 48,9% e 35,1% regulam o horário em que ocorre o momento de entretenimento. 22% monitoram com quem seus filhos estão jogando e 14,4% afirmam não controlarem nenhum tipo de atividade.
Em relação à interação entre pais e filhos com o mesmo dispositivo ou jogo, 82,1% tem o costume de jogar simultaneamente.
Outro fato interessante revelado pela pesquisa é que nenhum dos pais entrevistados se opõe ao fato dos filhos jogarem.
“Os gamers dos anos 80 já constituem família e a cultura de jogos eletrônicos entra de maneira natural nas vidas de seus filhos; não existe o medo ou preconceito da geração dos seus pais”, conclui Guilherme Camargo, da Sioux.
Segmento Mobile (smartphones e tablets)
A mobilidade do smartphone é fator determinante nessa liderança, uma vez que 86,2% do uso para jogos acontece durante deslocamentos ou trânsito.
O tipo de conteúdo mais baixado nos smartphones é a categoria de jogos que representa 78% dos downloads feitos. Em seguida, aparecem as categorias de Entretenimento com 58%, Fotografia 45,8% e Comunicação 45% dos downloads realizados. Quando questionados sobre a frequência com que baixam os jogos, 33,5% da amostra pesquisada afirma fazê-lo semanalmente, sendo que 75% só baixam jogos gratuitos. Nos tablets, 91,2% das pessoas têm o costume de fazer download de aplicativo de jogos, sendo que 38,4% o fazem toda semana.
“O principal motivo para o baixo consumo de jogos pagos, apontam 57,3% dos entrevistados, é o fato de sempre existem outras opções gratuitas”, destaca o executivo da Blend, Lucas Pestalozzi. Dos que consomem jogos e aplicativos pagos, 41,5% gastam até R$ 10,00 mensais.
A maioria das pessoas respondeu que aceita baixar jogos gratuitos com anúncios publicitários (66,4%), porém apenas 35,6% afirmam que os anúncios não atrapalham a performance.
Outra evidência que se repete desde a pesquisa realizada em 2013 é a hegemonia da plataforma Android (Google) que, agora em 2015, tem mais de 75% dos usuários do segmento dos smartphones, seguida do iOS (Apple) com 11,1%, e Windows Phone (Microsoft) com 7%. No que se refere à opinião sobre a melhor marca de aparelhos, a pesquisa revela um empate técnico entre Apple e Samsung, com 33,6% e 33,2% respectivamente.
Entre os tablets a plataforma Android também é a líder absoluta com 78,8% de usuários contra 16,4% do iOS. No entanto, quando a questão é sobre a melhor marca do mercado, a Apple aparece com 51,4% e a Samsung com 35,7%. As principais atribuições de uso são: acesso a redes sociais, vídeos e também jogos.
Segmento Videogames (consoles)
Uma das novidades da pesquisa Game Brasil 2015 é a análise mais dedicada ao segmento dos consoles no país. Em termos de penetração, o estudo revela que o Xbox 360 é o mais popular, com 42,9% de jogadores, superando o Playstation 2 com 38,9% e o PlayStation 3 com 30,3% da população de gamers. A oitava geração de videogames tem como principal produto o PlayStation 4, com 10,4% dos gamers, seguido do Xbox One com 7% e Wii U 2,2%.
A compra dos videogames ocorre em sua maioria nos canais de varejo nacionais e oficiais, que registram 63,9% das vendas, seguido pelo mercado paralelo com 17,1% e viagens internacionais com 14%. O fator principal que motiva a aquisição do produto no varejo oficial é a garantia oferecida ao aparelho – critério que influencia em 71,2% das decisões de compra. Em seguida aparecem as opções de parcelamento como segundo fator de influência de compra: 14,4%. Dos usuários que compraram fora do país, 98% afirmam que o principal motivador foi o preço e 2% a disponibilidade do produto.
A aquisição dos jogos para consoles ocorre principalmente nas lojas físicas de varejo (52,7%), seguidas das lojas online (33,3%) e apenas 7,6% compram diretamente nas plataformas online como Xbox LIVE e PlayStation Network. 45,7% dos entrevistados afirmam comprar jogos usados atraídos pelo preço atrativo (77,9%) e pela possibilidade de usar os próprios jogos como moeda de troca (16%).
A avaliação feita pelos gamers brasileiros dos jogos de console dublados aponta que 40% atribuem qualidade regular, 36,1% boa e 17,1% excelente. Ao serem questionados sobre o melhor lançamento de 2014 baseado em preço, disponibilidade, localização e jogabilidade, o GTA V ficou em primeiro lugar com 30,1% das opiniões, seguido do FIFA 2015 (23,9%). Das modalidades preferidas para se jogar em console, Ação/Tiro foi mencionada por 32,8% dos entrevistados, seguida de Aventura (26,9%) e Futebol (17,4%).
Segmento Computadores e Notebooks
O sistema operacional mais popular entre os gamers é o Windows 7 com 44,2% de usuários, seguido do Windows 8 (33,9%). O notebook é o dispositivo mais usado para jogar, com 60,1% de penetração e a grande maioria dos jogadores usa apenas um único monitor (90,6%). A principal vantagem de se jogar em um computador, de acordo com os entrevistados, é a possibilidade de customizar a máquina (25,8%), seguido de perto pelo fato dos jogos prediletos estarem nessa plataforma (20,6%). O varejo online é o principal canal de compra para os gamers do segmento (40,1%), seguido do varejo físico, com 34%, micro-transações dentro do jogo (11,2%) e a plataforma Steam com 7%.
