A proporção de usuários da Internet também foi diferenciada em função das posições na ocupação e categorias do emprego em que as pessoas se inseriam no mercado de trabalho. O contingente formado pelos militares e funcionários públicos estatutários, foi o que apresentou o mais elevado percentual de pessoas que acessaram à Internet (47,7%), vindo em seguida a dos empregadores (40,6%) e, depois, o do contingente das pessoas com carteira de trabalho assinada (32,6%). No outro extremo, 1,8% dos trabalhadores na produção para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso utilizaram a Internet. Esse indicador ficou em 17,5% na categoria das pessoas com emprego não-registrado, 12,1% no contingente de trabalhadores por conta própria e 9,1% no dos não-remunerados. Pode-se perceber que o nível de instrução dessas categorias se refletiu claramente nesse indicador. A categoria dos militares e funcionários públicos estatutários foi a que deteve o mais elevado nível de instrução, vindo, em seguida, o dos empregadores e, depois, o das pessoas com carteira de trabalho assinada. O contingente dos trabalhadores na produção para o próprio consumo ou na construção para o próprio uso foi o que apresentou o mais baixo nível de escolaridade.
Metade dos internautas utilizava a rede no próprio domicílio
A pesquisa investigou também o local de acesso à Internet e os resultados mostraram que 52,4% dos internautas utilizou mais de um deles no período de referência dos últimos três meses de 2005. No total de pessoas que utilizaram a Internet, metade (16,1 milhões) acessou no domicílio em que morava e 39,7% em seu local de trabalho. O uso da Internet em centro público de acesso gratuito foi o que apresentou o menor percentual (10,0%), representando menos da metade do referente à utilização em centro público de acesso pago (21,9%). O acesso em estabelecimento de ensino atingiu 25,7%.
Confrontando os resultados por sexo, verificou-se que, na população masculina que acessou à Internet, as proporções de usuários que a utilizaram no local de trabalho (43,5%) e em centro público de acesso pago (24,1%) foram substancialmente mais elevadas que as do contingente feminino (35,8% e 19,6%, respectivamente). Por outro lado, o percentual de mulheres usuárias da Internet que a utilizaram em estabelecimento de ensino (27,8%) suplantou o dos homens (23,6%).
Os números de pessoas que utilizaram a Internet foram bastante distintos em função das finalidades para as quais a acessaram. Na população de 10 anos ou mais de idade, as maiores proporções foram as das pessoas que acessaram à Internet com as finalidades de educação e aprendizado (71,7%) e comunicação com outras pessoas (68,6%) e a menor foi a das que usaram esta rede para comprar ou encomendar bens e serviços (13,7%).