O COMOVENTE PEDIDO DE DESCULPAS DE MITSUBISHI

É destaque no noticiário internacional desta segunda-feira,  20, o comovente pedido de desculpas da montadora japonesa Mitsubishi por ter usado,  na II Guerra Mundial, a mão de obra escrava de prisioneiros de guerra, sobretudo soldados norte-americanos, para impulsionar a produção da Mitsubishi  Mining, que produzia minério para a produção de aviões japoneses para a guerra e deu origem à montadora. O pedido formal foi feito em cerimônia no  Centro Simon Wiesenthal, em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos, pelo executivo Hikaru Kimura e ocorre cinco anos depois de o Japão ter admitido o uso dessa mão de obra escrava no período de guerra.

O pedido de desculpas da Mitsubishi ocorre no ano em que é comemorado os 70 anos do fim da guerra e foi feito diante de familiares das vítimas com a presença de uma delas. James Murphy, de 94 anos, declarou aos jornalistas nas reportagens que são destaque nas edições de hoje que este foi  “um dia glorioso, pois quisemos isso por 70 anos”. O gesto da montadora visa cicatrizar feridas abertas pela guerra e se inserir na história de outra forma, reconhecendo os erros do passado para, no presente, construir uma ponte para o futuro. Murphy aceitou o pedido de desculpas tão aguardado, lembrando que muitas foram as dificuldades impostas aos prisioneiros que emprestaram o seu suor e o seu trabalho de forma escrava para constituir a hoje potente montadora.