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O "JIU JITSU SEM LIMITES" DA APAE/RJ - Revista Publicittà O "JIU JITSU SEM LIMITES" DA APAE/RJ - Revista Publicittà

O “JIU JITSU SEM LIMITES” DA APAE/RJ

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O atleta de Jiu Jitsu da Soul Fighters, o professor Allan Di Lucia, é o responsável pelo projeto “Jiu Jitsu Sem Limites” que há mais de um ano beneficia 50 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do Rio de Janeiro. Essa bela iniciativa ocorreu após Allan ser “desafiado” por um aluno com paralisia cerebral, que após ter visto ganhar um campeonato estadual, teve a oportunidade de lutar com ele, “O professor do rapaz veio conversar comigo e eu topei. Após três minutos fui finalizado com uma chave de pé, e a felicidade dele era contagiante, o ginásio inteiro aplaudiu. Naquele momento eu fiquei impressionado com sua habilidade e quis dar essa alegria a outras pessoas especiais”. Todos os dias o atleta passava em frente à APAE e um dia resolveu entrar e perguntar à coordenadora como poderia dar aulas no local, “ela foi muito gentil e aceitou a proposta de voluntariado. Em duas semanas montamos uma sala com duas turmas, a de segunda-feira com dois alunos e a de terça com cinco. Na segunda semana já eram dez alunos em cada sala, e hoje são quatro turmas”.

Segundo ele, o inicio do projeto foi complicado. “Os indivíduos com a síndrome de Down, autismo e paralisia cerebral infelizmente são excluídos da maioria dos esportes, porque os professores e pais têm medo de acidentes, então ficam anos ociosos. Tive que mostrar que não é o mesmo esporte, que não era violento, e que o filho deles não iria bater nem apanhar. Expliquei que eles iriam aprender a cair, a rolar, a proteger a cabeça numa eventual queda. Para fazer um bom trabalho, estudei as características físicas do Down. Como cada aluno tem uma forma diferente de se expressar, é preciso ter paciência e vivência para entender e ser entendido”. Conseguir patrocínio foi outra etapa difícil de ser cumprida. “Procurei algumas empresas em busca de patrocínio, mas eles alegavam que a marca estava em adaptação, que passava por mudanças, que iam consultar os sócios e no final o apoio não dava certo. Para viabilizar o projeto acabei pegando o cartão da minha avó e comprei 15 kimonos”.

Os benefícios da prática da arte marcial são inúmeros para os alunos especiais da APAE. “Eles ganham disciplina e melhora na condição cardiovascular, tônus muscular, coordenação motora, equilíbrio e etc. Quero capacitá-los para serem lutadores comuns, dentro de suas limitações”. Para aumentar a socialização o professor faz lutas de exibição dos alunos com atletas conhecidos, “É uma atividade lúdica. Teve a do Erick com o Thales Leite, a do Alessandro com o lutador de jiu-jítsu João Gabriel Rocha e a do João Marcos com um aluno da minha equipe o Patrick. Inclusive um fato curioso aconteceu, a revista ‘Tatame’ disse que Erick, que tem Down, aplicou uma queda perfeita chamada kouchi gari. Nunca ensinei a ele, não sei de onde tirou!”.

Atualmente são 50 alunos na instituição, quarenta e três rapazes e sete moças de 13 a 37 anos com mais de 50 jovens guerreiros na fila de espera. “Hoje temos o apoio do Bar do Adão, SNC Tijuca, Red Salon Tijuca, Leonardo Novaes Tattoo, Toalheiros Real, Bucaneiros Burger, Tauron, Atama e Flash Sport Brasil. Faço Educação Física na UFRJ e pretendo me especializar em educação física adaptada”, diz Allan, que também organiza a festa caipira e arrecada os ovos de Páscoa da APAE.

Não são só os alunos que são beneficiados, o professor conta como o projeto também mudou a sua vida, “Antes chegava em casa estressado, sem dinheiro e olhava as medalhas na parede, elas não faziam nada por mim. Hoje quando chego triste à Apae e vejo vários alunos sorrindo correndo para cima de mim, esqueço os problemas. Eles me fazem um bem enorme, é uma troca maravilhosa. Um dia fui dar aula com o pé quebrado, de muletas e bota ortopédica. O Alecsander, que tem Down, veio falar comigo dizendo que tinha uma ideia ele abriu a bota, fez carinho no meu pé, deu um beijo, colocou a mão e começou a orar para que melhorasse. Eu chorei com a cena, é uma emoção que não da para explicar”.

Os interessados em ajudar ou apoiar o projeto podem contatar o Allan no email allandiluciabjj@hotmail.com .

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