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OCUPAÇÃO DAS ESCOLAS: UMA AULA DE DEMOCRACIA - Revista Publicittà OCUPAÇÃO DAS ESCOLAS: UMA AULA DE DEMOCRACIA - Revista Publicittà

OCUPAÇÃO DAS ESCOLAS: UMA AULA DE DEMOCRACIA

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Por Camila Maciel/Repórter da Agência Brasil

As ocupações de escolas por estudantes secundaristas – como ocorreu em São Paulo e ocorre, neste momento, em Goiás – foram lembradas ontem (22) no Fórum Social Temático, em Porto Alegre, como um movimento exemplar para a democracia. Em debate sobre educação popular e direitos humanos, o professor Moacir Gadotti, do Instituto Paulo Freire, disse que os jovens envolvidos nas ocupações mostraram como a educação pode ser “libertadora”.

 Educação Popular e os Direitos Humanos durante o Fórum Social Temático (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Camila Lanes, presidenta da UBES, destacou a necessidade de mudanças no modelo de ensino atual. Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil

“O estudante chega para a gente e fala assim: ‘estamos aqui fazendo a revolução’. É isso que temos que escutar dos estudantes hoje. Eles mostraram aos professores que têm conhecimento, deram aula de educação popular aos gestores”.

A presidenta da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, acompanhou a mobilização nas escolas paulistas e destacou a necessidade de mudanças no modelo de ensino atual.

“Precisamos mudar a forma como educamos as nossas crianças. Entender sobre capitalismo, feminismo”, citou.

Conservadorismo

A ministra de Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, também participou do debate e falou sobre a reação conservadora aos avanços sociais conquistados no âmbito dos direitos humanos.

“A situação política que temos visto no Brasil hoje, o grau de ódio que tem incidido nas lutas sociais sobre os direitos, sobre as próprias ações dos governos quando atende a direitos sociais. Esse ódio é proporcional a um certo desespero das forças conservadoras diante dos avanços sociais que nós tivemos”, disse.

Segundo a ministra, os direitos conquistados por alguns grupos sociais envolvem mudanças de estruturas e, historicamente, a reação a essas transformações é violenta.

Porto Alegre - A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino e o sociólogo Boaventura de Sousa Santos em debate sobre Educação Popular e Direitos Humanos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino, ao lado do sociólogo Boaventura de Sousa Santos em debate sobre Educação Popular e Direitos Humanos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Nesse aspecto, um dos desafios que os direitos humanos e a educação popular têm é, como nós, enquanto governo, vamos pensar, realizar, concretizar esses direitos humanos considerando que a própria interpretação de direito e de humanidade assume contornos diferentes de acordo com os consensos culturais, históricos e as relações de poder”, apontou.

Conhecimento popular
O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos destacou a importância de aproximar a sabedoria popular do conhecimento produzido na Academia. “A educação popular só é necessária porque a outra educação é antipopular. Sempre foi assim, mas não tem que ser assim até o final”, disse.

Boaventura destacou o conhecimento produzido em espaços como as experiências de economia solidária e as comunidades indígenas. “Que se perceba a ideia de que é possível outra economia. É possível outra democracia”.

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