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Palácio das Artes abre suas portas para o cinema - Revista Publicittà Palácio das Artes abre suas portas para o cinema - Revista Publicittà

Palácio das Artes abre suas portas para o cinema

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A última sessão da mostra em agosto, que tem curadoria do cineasta paulistano Carlos Adriano, apresenta trabalhos inéditos de artistas da Rússia e Estados Unidos, além de vídeos de Carlos Reichenbach, Lenora de Barros, Sylvio Back e Carlos Nader

No dia 22 de agosto, quarta-feira, a Mostravídeo Itaú Cultural encerra a programação da série Mediações, e exibe a quarta seleção de trabalhos produzidos por artistas brasileiros e estrangeiros que, empregando recursos técnicos e narrativos da linguagem audiovisual, criam novas possibilidades de ver o mundo e dialogar com o expectador. A sessão, que acontece na Sala Humberto Mauro a partir das 19 horas, traz como destaque dois vídeos ainda inéditos no Brasil – Another Place and Yet The Same, da russa Masha Godovannaya; e Untitled (#318), da norte-americana Moira Tierney.

Na mesma noite será exibido o curta Equilíbrio e Graça, registro do encontro em 1964 entre um pensador católico e o introdutor da filosofia zen no mundo ocidental captado pelo cineasta Carlos Reichenbach. A programação traz ainda os autobiográficos Carlos Nader e Concepção, em que o videoartista questiona a identidade; o experimental Já Vi de Tudo, no qual Lenora de Barros usa o tricô como metáfora para descosturar os conflitos femininos; e a biografia da poeta paranaense Helena Kolody em A Babel da Luz, de Sylvio Back.

Curador da mostra deste mês, o cineasta paulistano Carlos Adriano define sua escolha como uma tentativa de contrapor a sensação de que o audiovisual é um instrumento da representação objetiva do mundo. “Do vídeo experimental ao comercial, várias obras demonstram que o audiovisual não é a reprodução do mundo, mas a produção de um mundo entre outros possíveis, segundo condições sociais e escolhas ideológicas”, afirma.

O curador
Autor do premiado documentário musical A Voz e O Vazio: A Vez de Vassourinha, vencedor do Festival de Chicago em 2000 e eleito autor de um dos dez melhores documentários musicais brasileiros em votação do É Tudo Verdade de 2004, Carlos Adriano é doutorando em Estudos dos Meios e da Produção Mediática na Universidade de São Paulo; é mestre em Comunicação e Estética do Audiovisual e teve projetos para produção de filmes premiados pelos Ministério da Cultura, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Petrobras Cultural, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e Bolsa Vitae de Artes. Sua obra já passou por festivais internacionais, como Bologna (Itália), Roterdã (Holanda), e Toronto (Canadá).

PROGRAMAÇÃO
22 de agosto
Quarta, às 19 horas – Sala Humberto Mauro

CARLOS NADER, de Carlos Nader
1998, 15min30s
Um ensaio sobre os limites da identidade. O vídeo é, ao mesmo tempo, sobre o autor, qualquer um e ninguém. Traz, ainda, entrevistas com poetas como Waly Salomão, filósofos como Antonio Cícero, foliões como Chumbinho e travestis como Jaqueline Kennedy Onassis.


A BABEL DA LUZ , de Sylvio Back
1992,10min
Auto-retrato da poeta paranaense Helena Kolody, de 80 anos, como rito inaugural entre o falado e o calado, o escrito e o traduzido, o filmado e o humano. “Helena Kolody / vivípara poeta / poemas ovíparos” (poema de Sylvio Back).

UNTITLED (# 318), de Moira Tierney
2001, 3min
Uma construção vazia guarda memórias e desejos inomináveis. À espreita, sob a vigilância das janelas, o lobo bate à porta. A câmera perscruta os escombros e o uivo devassa os espectros. Inédito no Brasil.

CONCEPÇÃO, de Carlos Nader
2001, 13min50s
Um trabalho sobre a concepção do próprio vídeo e da própria vida. Sugestões de que tudo que é concebido transcende a divisão entre os mundos exterior e interior; indagações sobre a alternância de linguagens que vão do retrato à endoscopia.

JÁ VI TUDO, de Lenora de Barros
2005, 9min50s
A artista atua como personagem, uma das marcas de sua obra. A imagem carrega a metáfora da atitude combativa e do recolhimento feminino. Ao (des)costurar o vídeo, o estranhamento do gesto comum do tricô, com fios e agulhas, desfia outras tensões.

EQUILÍBRIO E GRAÇA, de Carlos Reichenbach
2002, 10min
Em 1964, o encontro entre o pensador católico da ordem trapista Thomas Merton, de 50 anos, e o teórico e introdutor do Zen no ocidente, T.D. Suzuki, de 90 anos, celebrou uma sintonia visionária, fundamentada na busca da harmonia e na metafísica do silêncio.

ANOTHER PLACE AND YET THE SAME, Masha Godovannaya
2005, 35min
Segundo a diretora, este é “um esforço em parar o tempo e olhar, através de diferentes prismas, para coisas ao redor, esquecidas ou despercebidas”. Um balanço introspectivo da artista a partir da epifânia da natureza construída pelo cinema. Inédito no Brasil.

SERVIÇO
Mostravideo Itaú Cultural em Belo Horizonte
Quartas-feiras, às 19 horas
Palácio das Artes
Sala Humberto Mauro
Avenida Afonso Pena, 1537
Belo Horizonte
Fone (31) 3237-7399
www.palaciodasartes.com.br

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