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PARIS: A MARCHA SILENCIOSA - Revista Publicittà PARIS: A MARCHA SILENCIOSA - Revista Publicittà

PARIS: A MARCHA SILENCIOSA

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Milhares de franceses saíram às ruas neste domingo na maior manifestação realizada na capital francesa neste século. Os organizadores acreditam que a marcha reuniu perto de dois milhões de pessoas, entre chefes de estados, intelectuais e líderes mundiais.

 

Os principais jornais franceses fizeram uso da internet para publicarem fotos  acompanhando o percurso da marcha silenciosa sobre as ruas de Paris em defesa da liberdade de expressão e opinião e em resposta aos ataques terroristas, que deixaram um saldo de 17 vítimas fatais, das quais 12 no prédio que abriga o jornal satírico Charlie Hebdo na quarta-feira passada. Uma charge ironizando Maomé teria despertado a fúria de extremistas islâmicos. A organização Al-Qaeda assumiu a autoria do atentado, já o segundo atentado que resultou na morte de 5 pessoas foi decorrência da caçada policial aos terroristas, que fizeram reféns num mercado de Paris.

O tradicional jornal Le Figaro abriu enorme foto dando conta do gigantismo da manifestação com a qual abrimos essa edição extraordinária desse histórico dia  11 de janeiro de 2015. E seguiu acompanhando a marcha silenciosa e mudando sua capa na internet durante todo o domingo.

O pequeno filme da agência internacional de notícias AFP, que o colocou no canal de vídeos Youtube, logo quando começou a manifestação, mostra em detalhes as principais autoridades globais no início da marcha.

No dia de hoje, o que chamava a atenção nas bancas de jornais  em Paris era a edição especial do Libération, o Libé como é carinhosamente chamado, jornal que nasceu em 1973 e teve como primeiro editor Jean-Paul Sartre trouxe a capa estampando a frase mais disseminada nas redes sociais nos últimos e a mais usada em manifestações na França e ao redor do mundo: Je suis Charlie, ou seja, Eu sou Charlie, numa resposta aos terroristas de que existem milhões de Charlies. Contra tais atos, a manifestação reuniu dezenas de líderes muçulmanos contrários aos movimentos radicais que colocam em risco a vida também dos islâmicos, sendo que milhares deles, de descendência argelina, como os dois terroristas mortos pela polícia francesa, residem na cidade de Paris.

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A marcha republicana, como foi chamada, em favor da liberdade de expressão e opinião, começou às 14h30 e se espalhou por toda Paris, tendo como epicentro a Praça da República.

O jornal Le Monde, um dos mais respeitados da França, por sua independência em opinar e debater os principais temas políticos e sociais, sobretudo a diplomacia também destacou na internet a manifestação abrindo a sua edição da tarde com uma gigantesca foto do ato em Paris, que você confere aqui:

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O Le Monde também  destacou a importância do ato em reunir líderes mundiais na capital francesa, que deixaram o Eliseu, o palácio do governo francês, para seguirem a pé como o primeiro François Hollande numa marcha silenciosa. A primeira-ministra alemã Angela Merkel participou do ato que reuniu inclusive líderes como o presidente da Autoridade Palestina,  Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que comandou ataques à Faixa de Gaza em 2014, atingindo inclusive crianças palestinas em escola para refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU).

A foto publicada em forma de arte pelo Le Monde dá a dimensão da importância do ato que uniu entre outros os primeiros-ministros da Inglaterra, da Espanha, da Itália, da Turquia e do Egito, além de presidentes e representantes de governo, inclusive do Brasil, além do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

lemonde.chefes

A manifestação foi, sem dúvida, uma demonstração de força e em defesa da liberdade. O problema é o uso que alguns podem tentar fazer desse momento para adotarem políticas restritivas, sobretudo visando atingir a população islâmica, que nada tem a ver com atos terroristas de radicais.

Que a liberdade e a paz prevaleçam, ainda que líderes políticos se mostrem muitas vezes despreparados para tornar esse ideal realidade e acabam por fomentar a guerra e a falta de unidade tão importante em momentos como esse em que a humanidade pode dar um passo à frente contra a intolerância e as suas várias faces.

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