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Projeto de Maria Bonomi será inaugurada neste mês em São Paulo - Revista Publicittà Projeto de Maria Bonomi será inaugurada neste mês em São Paulo - Revista Publicittà

Projeto de Maria Bonomi será inaugurada neste mês em São Paulo

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Em janeiro, Maria Bonomi deu início a uma das maiores obras de arte pública que será instalada na cidade de São Paulo em caráter definitivo. O projeto, denominado Etnias do Primeiro e Sempre Brasil, ocupará o corredor subterrâneo de interligação entre a Estação Barra Funda do Metrô e o Memorial da América Latina. A primeira fase de instalação dos painéis, inteiramente trabalhados em relevo com a utilização de materiais como cerâmica, bronze e alumínio, será inaugurada neste mês. Estima-se que a obra toda esteja concluída até final do ano. 

Aprovada pelo Ministério da Cultura e orçada em R$ 1.731.820,00, Etnias continua a buscar verba para sua finalização. O Banco Itaú já garantiu participação e investiu R$ 1 milhão. O restante do valor pode ser patrocinado em partes por várias empresas, ou integralmente por uma única marca. 

“Buscamos parceiros que tenham como estratégia de comunicação o comprometimento com a perenidade, com o Brasil e com o meio ambiente, por assinar a história das origens e da trajetória dos índios no País, juntamente com todos que aqui aportar”, diz Maria Bonomi, artista responsável pela criação e curadoria do projeto.

A participação como patrocinador garante à empresa uma placa original de bronze ou alumínio, datada, numerada e assinada pela artista, com base na matriz, tombada no Memorial da América Latina, de Oscar Niemeyer. Além disso, o patrocínio possibilita: utilização do painel em qualquer divulgação institucional, sine die; uso livre da imagem para pessoa física ou jurídica; logomarca permanente na galeria onde estará o painel; presença em todo material de divulgação (banners, folders, panfletos, cartazes, etc.); citação no blog do projeto, que estará no ar durante o processo de execução; crédito no making-of, com transmissão em TV aberta e DVD para distribuição nacional e internacional; assinatura no livro-testemunho documental; menção do patrocínio nos contatos com a mídia; presença no processo criativo; visibilidade para os visitantes do Memorial (atividades culturais de música, artes visuais, artes cênicas, etc.) e para os participantes da criação coletiva do painel.

O projeto Etnias é composto de três fases, em cerâmica (15 toneladas)  para as florestas e a pré-história, bronze (6 toneladas) e alumínio (uma tonelada)  para o contemporâneo. Os materiais caracterizam a história das etnias como presença e embate na evolução do País. A obra, que ocupará o percurso central do longo do túnel que liga o Metrô Barra Funda ao Memorial, está sendo instalada em dois módulos, que totalizam 50 metros de comprimento, e se transformará em um espaço interativo para que o público ao passar se integre fisicamente com a história. Ou seja, o trabalho funcionará como uma grande série de fotogramas gigantes e penetráveis, oferecendo um “espetáculo” em alto e baixo releve, chegando até a uma visão contemporânea do tema. Quem passar pelo espaço terá obrigatoriamente que circular pela obra de arte.


Para a execução total desse grandioso projeto, Maria Bonomi instalou um ateliê no subsolo da Galeria Marta Traba do Memorial, onde estão sendo utilizadas mais de 10 toneladas de matéria-prima, trabalhadas por artistas nacionais e internacionais qualificados e índios da Aldeia Krukutu. O material, que conta a história da nossa terra em esculturas, é cercado por espelhos e iluminação cenográfica, que criam um fundo infinito dentro de uma obra tombada de Oscar Niemeyer.

Ao todo aproximadamente 30 pessoas trabalham no projeto, entre as quais: Maria Bonomi, também curadora, e seu assistente e artista Carlos Pedreañez; os artistas Leonardo Ceolin, Cláudia Maria Braga Ribeiro, Lourdes Sakotami, Suzette Salvetti e Talita Zaragoza; na coordenação geral, Maria Helena Peres Oliveira, assistida por Alexandre Martins; no projeto Arte Educação, Alberto da Silva; na consultoria antropológica, Cláudia Andujar e Cildo Oliveira; na arquitetura e montagem, Rodrigo Velasco e o ceramista Antônio Nóbrega. Além do apoio de pessoas com os altos fornos e com a fundição das peças de arte.  

Também faz parte do plano a edição de um livro-testemunho histórico mais detalhado, sobre a trajetória e a concepção dos painéis. O projeto vai ser apresentado ao Ministério da Cultura, para captação por meio da Lei Rouanet. Esse material pode ser patrocinado por meio da Lei de ICMS, e permite a captação de até R$ 400 mil para o projeto Etnias. Para apoiar financeiramente, a empresa deve estar habilitada pela Secretaria da Fazenda. O livro, com tiragem de 3 mil exemplares, poderá ser distribuído como brinde a clientes pela própria empresa parceira.

 Maria Bonomi é uma das mais respeitadas artistas plásticas do País: engajada, libertária e multimidiática. Seu empenho em defesa da autenticidade e da qualidade da obra lhe conferem reconhecimento explicitado nas extensas coleções que figuram nos mais renomados museus e coleções particulares nacionais e internacionais. Faz trabalhos de arte pública desde a década de 1970, com painéis em diversas cidades brasileiras e no exterior, e mais de 50 obras já instaladas. Destacam-se: Ascensão, Igreja da Cruz Torta, São Paulo, 1974; Arrozal de Bengüet, Hotel Maksoud Plaza, São Paulo, 1979; Futura Memória, Memorial da América Latina, São Paulo, 1989; Construção de São Paulo, Estação Jardim, São Paulo, 1998; Epopéia Paulista, Estação da Luz, São Paulo, 2005. Recebeu diversos prêmios: Melhor Gravador Nacional, na VIII Bienal de São Paulo (1965); Prêmio Theadoron, na V Bienal de Paris (1967); Prêmio do Júri Internacional na XV Bienal Internacional de Gravura de Liubliana (1983); 42º Prêmio Santista R11; Gravura, pela Fundação Bunge (1997). Tem doutorado em Arte Pública, pela Universidade de São Paulo, concluído em 1999. Atua como gravadora, figurinista, cenógrafa e pesquisadora. Nascida em Meina, Itália, em 1935, de mãe brasileira. Maiores informações no site: www.mariabonomi.com.br

 


 

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