Notice: A função add_theme_support( 'html5' ) foi chamada incorretamente. Você precisa passar um array de tipos. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 3.6.1.) in /home/u753479000/domains/revistapublicitta.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 5865
THE NEW YORK TIMES PELA DIGNIDADE DE DIREITOS - Revista Publicittà THE NEW YORK TIMES PELA DIGNIDADE DE DIREITOS - Revista Publicittà

THE NEW YORK TIMES PELA DIGNIDADE DE DIREITOS

0

A capa do jornal The New York Times deste sábado, 27, celebra a dignidade de uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que ainda que apertada (5X4), legaliza o casamento de pessoas do mesmo sexo em todo o país. É uma decisão história e deve realmente ser comemorada, como devem ser comemorados os gestos de amor, de respeito ao outro e às diferenças.

POR CARLOS FRANCO

Hoje, nas redes sociais, estão presentes almas penadas que consideram o colorido da vida um pecado, pois vivem nas trevas e não querem que outros vejam a luz. Uma postura tão velha quanto arcaica, desrespeitosa, indigna e mesquinha de quem não acredita e nunca fez por acreditar na civilização, sempre procurando o defeito em vez da qualidade, a amargura em vez da ternura, a palavra e o gesto de ódio em vez da palavra e o gesto de amor. O importante é que o mundo hoje está mais colorido e a capa desse jornal respeitado em todo o mundo se traduz nessa celebração, a celebração das cores do mundo. Cores tão bem expressa por um simples aplicativo de redes sociais, como o Facebook, que tornou as vidas mais coloridas neste dia, véspera do Dia Internacional que celebra justamente o amor entre iguais, porque iguais somos todos nós nas nossas diferenças.

Alguns internautas, ao verem o mundo colorido das redes sociais e das ruas norte-americanas, dizem que o país, os Estados Unidos, há apenas 50 anos legalizou os casamentos entre etnias diferentes, pois o negro era excluído da sociedade jurídica em vários estados que integram o que se chama Estados Unidos da America, EUA ou USA em inglês. É verdade, levaram tempo demais, como o Brasil foi o último país a abolir a escravidão. E que também comparada a decisão norte-americana à do Supremo Tribunal Federal do Brasil, da Argentina, do Uruguai de Mujica, demoraram demais. O importante, porém, é que o fizeram e as conquistas daqueles que lutam diariamente, arduamente, por reconhecimento, respeito e dignidade precisam e devem ser comemoradas, compartilhadas.

É uma falta, mais uma vez, de respeito ao outro não comemorar uma vitória que é importante para todos e para a civilização, para a humanidade. Humaniza, suaviza, recoloca respeito e dignidade na pauta, sobretudo no Brasil, onde impera o BBB no Congresso Nacional, as bancadas da Bala, da Bíblia da Xenofobia e do Boi (os mesmos ruralistas que fizeram com que o Brasil fosse o último país a abolir a escravidão e que vergonhosamente ainda figuram na lista dos que fazem uso de mão de obra escrava).

Outros se espantam com o fato de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva terem colorido com o arco-iris as suas fotos, como muitos, inclusive eu, enquanto senadores tucanos como os medíocres Aécio Neves, José Serra e o aloprado Aloysio Nunes Ferreira se mantiveram indiferentes ontem, 26. Esperavam o que é? Eles permaneceram no território onde sempre estiveram confortáveis e onde impera o verbo no singular, nunca aprenderam e dificilmente aprenderão conjugar o verbo no plural e se o fizeram em priscas eras perderam suas cartilhas numa posta restante.

Dignidade e respeito é sempre algo a se demonstrar. É e sempre será instrumento plural, gesto de solidariedade e afeto. Não se pode esperar esse comportamento salutar de civilização de todos, por isso a luta por diretos deve ser constante para vencer a barreira das trevas que outros tão bem representam. O importante é que o mundo está mais colorido e é bonito de se ver, como é bonita a capa do The New York Times. Uma edição, de fato e direito (por direitos) histórica. Que bom poder registrá-la!.

Share.

About Author

Comments are closed.