Notice: A função add_theme_support( 'html5' ) foi chamada incorretamente. Você precisa passar um array de tipos. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 3.6.1.) in /home/u753479000/domains/revistapublicitta.com.br/public_html/wp-includes/functions.php on line 5865
UM PASSEIO PELO JARDIM DA IMAGINAÇÃO - Revista Publicittà UM PASSEIO PELO JARDIM DA IMAGINAÇÃO - Revista Publicittà

UM PASSEIO PELO JARDIM DA IMAGINAÇÃO

0

A Companhia das Letras acaba de lançar o livro A vida dos Elfos, de Muriel Barbery, que ganhou tradução para o português, como sempre competente e sensível, de Rosa Freire D’Aguiar. A obra, rica em detalhes, narra as trajetórias de Maria e Clara, jovens órfãs unidas por dons secretos. A chegada de Maria a uma granja na Borgonha traz prosperidade à terra, o que leva todos a acreditarem que a menina conversa com a natureza. Enquanto isso, Clara cresce numa aldeia perdida nos Abruzos, no sul da Itália, aprende italiano “na velocidade do milagre” e, depois de se revelar um prodígio no piano, é enviada a Roma para desenvolver sua veia musical.

AVIDADOSELFOS.DENTRO
As duas garotas, cada uma à sua maneira, se comunicam com um mundo misterioso que garante à vida dos homens sua profundidade e beleza, mas ao mesmo tempo oferece uma ameaça grave contra nossa espécie. As sombras da guerra e do mal avançam, e só Maria e Clara poderão combatê-las, reinstaurando a paz. Mas elas ainda não compreendem os muitos enigmas que as envolvem. De onde vêm? O que as conecta?

Em O Livro do chá, de 1906, Kakuzo Okakura fala com nostalgia da China antiga, fonte de inspirações da arte japonesa, e lamenta que o mundo chinês tenha se tornado “moderno, isto é, velho e desencantado”. Em entrevista à Gallimard, editora de Muriel Barbery na França, a autora concorda com essa caracterização do mundo moderno, afastado de seus encantamentos, e por isso de suas ilusões poéticas. A vida dos elfos, que terá sequência num segundo volume, busca resgatar essa magia poética e natural das coisas.

“Outra inspiração para o texto foi uma conversa com um amigo”, segue Barbery. “Eu dizia a ele que os jardins japoneses são élficos, ao passo que a estética francesa da natureza é humana.” Numa linguagem arcaizante mas atemporal, que não permite ao leitor situar a época em que se passa a história, a autora de A elegância do ouriço tece um romance original de atmosfera inesquecível, um passeio fabular por jardins encantados e palavras de sonoridade mágica. Ao se aventurar pela fantasia, Barbery faz um elogio à arte e à natureza, as órfãs da contemporaneidade.

“Uma inspiração múltipla atravessa estas páginas, de Jules Verne à J. K. Rowling… personagens extraordinários… avançamos na leitura de pérola em pérola.” – Le Figaro

Share.

About Author

Comments are closed.