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VIOLAS SILENCIAM. MORRE INEZITA BARROSO - Revista Publicittà VIOLAS SILENCIAM. MORRE INEZITA BARROSO - Revista Publicittà

VIOLAS SILENCIAM. MORRE INEZITA BARROSO

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A mulher que durante décadas comandou o programa televisivo “Viola, minha viola” partiu na noite de ontem para o reino da Pasárgada do qual  fala o poeta Manuel Bandeira. Morreu deixando um legado de amor à música de raiz, promovendo brasileiros que, no interior, cantam as belezas naturais e os pequenos fatos do cotidiano. Ícone da canção sertaneja de raiz, Inezita fez silenciarem as violas no Dia Internacional da Mulher.

Inezita Barroso (1925-2015) nasceu Ignez Magdalena Aranha de Lima em São Paulo no seio de família abastada que a estimulou a estudar. Foi aluna da primeira turma de Biblioteconomia da Universidade de São Paulo (USP),mas a paixão pela música falou mais alto assim como o amor pelo folclore, ao dedicou a vida a preservar. Gravou, em 50 anos de carreira mais de 80 discos, além de participações especiais em centenas, milhares de outros, procurando apoiar e estimular a produção de música de raiz. Dicionário vivo do folclore, no espaço da academia, onde normalmente a cultura popular é barrada na porta e onde prevalecem conceitos da filosofia francesa, tentou sempre inserir o folclore como o fazia até o fim na Unifai e Unicapital, onde lecionava.
Desde 1980, à frente do programa “Viola, minha viola”, da TV Cultura, criou na televisão um espaço para a música de raiz, a revelação de novos grupos e o estímulo permanente e vigoroso para a música sertaneja.

Deixa-nos de herança uma musicalidade, também impressa em filmes dos quais participou, e essa paixão inegável pelo Brasil e os brasileiros. As violas silenciaram para depois soarem acordes em sua homenagem.

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