O governador de São Paulo, José Serra, vetou integralmente na noite de ontem (26/07) os Projetos de Lei nº 534/07 de autoria do Dep. Sebastião Almeida (PT) e o 211/07 de autoria do Dep. Enio Tatto (PT), que visavam obrigar os estabelecimentos comerciais do Estado a utilizarem embalagens plásticas biodegradáveis para o acondicionamento de suas mercadorias.
Assim como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, Serra demonstrou prudência ao exigir maior rigor técnico na adoção de medidas que possam pôr em risco o meio-ambiente. A decisão está alinhada com o posicionamento da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, que defende que a melhor solução para a preservação do meio-ambiente é a coleta seletiva e reciclagem (mecânica e energética) do material pós-consumo.
Não se pode ignorar que os plásticos possuem elevado conteúdo energético (superior ao da gasolina e equivalente ao do óleo diesel), portanto, degradá-los seria desperdiçar uma importante fonte de energia. Sem contar que dizer que os plásticos são biodegradáveis certamente seria uma ação de deseducação, uma vez que induziria a população a descartar o lixo em qualquer lugar, sem qualquer cuidado, agravando o problema da poluição.