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Arte em tudo

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Dentro do evento especial I BNB Agosto da Arte, o Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) realizará, a partir da próxima terça-feira, 14, uma série de atividades voltadas para o tema da Arte Urbana.


A programação abrange uma ação mural do Grupo Aranha em frente ao CCBNB-Fortaleza (dia 14, às 10h), a abertura de três exposições (dia 14, às 19h), e a realização de três oficinas de formação artística (“O artista e o mercado”, “Prática de deriva urbana” e “Como ocupar espaços subutilizados” – as três no período de 15 a 17, de 10 às 13h), do seminário avançado “Arte e a Cidade” (de 16 a 18), um encontro com educadores interessados no ensino da Arte (dia 18, às 10h) e um debate sobre experiências na prática urbana em Fortaleza (dia 18, de 18 às 20h).
As três exposições são as seguintes: a retrospectiva “Grupo Aranha – Intervenções Urbanas – Período 1987-1990”, com a participação de Alano Freitas, Eduardo Eloy, Efímia Rôla, Hélio Rôla, Kátia, Kazane, Maurício Cals e Sérgio Pinheiro, e curadoria do artista visual e professor Herbert Rolim; “Vagalume”, do chargista, desenhista, pintor e escultor Valber Benevides, com curadoria de Carlos Costa; e “Lajes, jardins, lajes”, com o Grupo Rasura, formado por Eduardo Jorge, Henrique Dídimo e Júlio Lira.
O evento de abertura conjunta das três exposições acontecerá na próxima terça-feira, 14, às 19 horas. Mas antes, às 10 horas da manhã, o Grupo Aranha realizará uma ação mural defronte à sede do CCBNB-Fortaleza. Gratuitas ao público, as mostras ficam em cartaz até 16 de setembro (terça-feira a sábado, de 10 às 20h; e domingo, de 10 às 18h).

Grupo Aranha
Segundo o curador Herbert Rolim, no período 1987-1990, os muros da Praia de Iracema – até então, habitat da saudável boemia – tornaram-se suportes, a céu aberto, para o Grupo Aranha tecer sua pintura, alternando ações engajadas com experiências sensórias de deleite com cores vigorosas e pinceladas gestuais.
A primeira ação de ressonância pública, assinada pelo Grupo Aranha, foi engendrada por motivações políticas, em março de 1987, quando um painel de 150 metros de comprimento, intitulado “Constituinte”, despontou no muro da Companhia Energética do Ceará (Coelce), na avenida Leste-Oeste, chamando a atenção da cidade.
Outra “brigada de pintura”, esta de ordem ecológica, bateu de frente com a poluição sonora na Praia de Iracema, que, a partir da segunda década dos anos 1980, começou a sofrer invasão de empresários da noite, ao mesmo tempo em que a classe burguesa residente preferiu evadir para a Aldeota, permanecendo no bairro aqueles moradores mais resistentes.
Desse quadro, em 1989, figurou o mural “SOS Praia de Iracema”, estruturado pelo Grupo Aranha, aberto a todos os artistas (e não-artistas) que quisessem participar com a finalidade de mobilizar a comunidade, recolher assinaturas de protesto, chamar atenção da mídia e sensibilizar a classe política. “O fio da meada da História da Arte Cearense passa obrigatoriamente pelas teias do Grupo Aranha”, trocadilha o curador.

“Vagalume”, de Valber Benevides
De acordo com o curador Carlos Costa, a exposição “Vagalume”, do chargista, desenhista, pintor e escultor Valber Benevides é “uma viagem lúdica existencial pelo universo valberiano e os personagens de suas obras: músicos, escritores, artistas, cientistas, atletas, políticos e damas da noite – criadores e criaturas dos palcos da vida representadas em caligrafias ricas de tessituras, cores e significados”.
O inseto batiza a exposição porque, na sua infância, Valber costumava catar vagalumes e guardá-los num pote de vidro, para depois desenhar pássaros luminescentes, utilizando os vagalumes moribundos como uma espécie de giz.
Cearense de Itapipoca, Valber Benevides trabalha como artista visual há 30 anos. publicou, sistematicamente, charges animadas na TV Jangadeiro, em 1990, e atuou como chargista no jornal O Povo, de Fortaleza. Desenvolve trabalhos que se caracterizam pela execução de grandes painéis em vários locais públicos de Fortaleza, contendo caricaturas coletivas de artistas da música popular brasileira e internacional, cientistas, personalidades e gênios da cultura universal.
Conquistou os seguintes primeiros prêmios: charge na I Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro (1991) e no II Salão de Humor de Campina Grande/PB (1992); caricatura escultural no III Salão Carioca de Humor (1990)e no Salão de Humor do Piauí (1989); pintura no Salão de Abril de Fortaleza (1984); e escultura no Salão dos Novos de Fortaleza (1973).

“Lajes, jardins, lajes”, com o Grupo Rasura
Nesta exposição, Eduardo Jorge, Henrique Dídimo e Júlio Lira, componentes do Grupo Rasura, propõem um diálogo com a cidade como um campo de ação contínua de afetivização, de vivências em ritmos individuais e coletivos.
A exposição parte da experiência do flâneur, do passeio vagaroso, reconstituindo a cidade nessa atitude de abertura para com a história e a cultura, valendo-se da observação do traço humano em meio aos traços de luz e movimento.
O objetivo é construir um observatório de onde se vislumbram cidades e moradores sobrepostos entre o viável e o inviável. Numa zona híbrida de textos, o espectador da mostra poderá ver fotos, vídeo-arte, instalação, silêncio, pontos de fuga, limites.

Três oficinas, debate e encontro com educadores
As inscrições gratuitas para as três oficinas de formação artística – intituladas “Prática de deriva urbana”, “O artista e o mercado” e “Como ocupar espaços subutilizados” – estão abertas na recepção do CCBNB-Fortaleza desde o último dia 7 e prosseguem até o próximo dia 15. A três acontecerão no período de 15 a 17, no horário de 10 às 13 horas, com duração de nove horas-aula. Estão disponíveis 15 vagas para a primeira oficina e 20 vagas para cada uma das outras duas.
A oficina “O artista e o mercado” será ministrada pelo Grupo Experiência Imersiva Ambiental (EIA), de São Paulo. O objetivo do curso é trazer uma discussão, reflexão e proposta de produção artística em torno de temas que estejam ligados à relação artista/profissionalização/mercado. Na oficina, estarão em foco questões de publicidade e propaganda política, no intuito de formar um conhecimento coletivo, aprofundado e consciente.
Na oficina “Prática da deriva urbana”, conduzida pelo Coletivo Entretantos, do Espírito Santo, a cidade será considerada como a própria obra de arte e não como suporte para a intervenção. Os alunos se apropriarão de forma crítica dos espaços percorridos, através do olhar artístico e da apreensão subjetiva e objetiva, produzindo registros, mapas, textos e, posteriormente, propondo novas relações com esses lugares e redesenhando a postura do artista em face da complexidade da realidade do espaço.
O Grupo de Interferência Ambiental (GIA), da Bahia, que facilitará a oficina “Como ocupar espaços subutilizados”, propõe formas inusitadas de apreender o espaço urbano, aproximando arte e cotidiano através de manifestações artísticas realizadas, preferencialmente, nas ruas da cidade. Aqui, surge uma nova proposta de diálogo entre arte, cidade e indivíduo.
No sábado, 18, de 18 às 20 horas, o programa Troca de Idéias colocará em debate o tema “Experiências na prática urbana em Fortaleza”, tendo como figuras centrais os integrantes dos grupos EIA, Entretantos e GIA e mediação de representantes do Coletivo Interatividade, do Ceará. Os grupos compartilharão com o público suas experiências em Fortaleza. 
 

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