De 26 a 28 de outubro o SESC Ipiranga apresenta “Deslocamentos”, com coreografias vindas de Curitiba, Salvador, São Paulo, Araraquara e Rio de Janeiro.
A proposta busca outros olhares para as mesmas questões e preocupações sobre as dificuldades/facilidades de circulação dos trabalhos de dança contemporânea no Brasil, bem como estimular reflexões para novas pesquisas, discussões e formatos.
Casa de Ferro – Salvador, BA
Ao abordar a diáspora africana, o desenraizamento de um povo, desligado à força de seu ambiente e de sua cultura, o espetáculo discute a importância da cultura africana na sociedade brasileira.
Representa temas como o nascimento, a relação com a terra natal, a captura, o cativeiro, a evangelização, a resistência, o castigo, a morte e a transcendência metafísica do ser.
O diretor e intérprete Maurício Assunção, de Salvador, utiliza-se das manifestações populares, entre elas capoeira, folguedos e frevo, poesias de Castro Alves e músicas de Caetano Veloso, Dory Caimmy e outros.
– Dias 26 e 27 de outubro, sexta e sábado, às 19h
Local: Galpão (aproximadamente 50 lugares)
Duração: 50 minutos
Classificação: 16 anos
Francisca da Silva de Oliveira. Chica da Silva. Um Esboço –
São Paulo, SP
Após visitar a fazenda Canto das Águas, residência de Chica da Silva em Diamantina, a igreja Nossa Senhora da Conceição onde ela foi enterrada e de realizar pesquisas sobre a história da personagem, Eliana de Santana desvenda a mulher por trás do mito.
Embora Francisca da Silva de Oliveira seja comumente relacionada ao estereótipo de símbolo sexual, Eliana
mostra os esboços de Chica por intermédio de seus pensamentos, seu lado mãe, sua identidade e seu amor.
O espetáculo foi contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2006.
– Dia 26 de outubro, sexta, às 21h
Local: Teatro (213 lugares)
Duração: 50 minutos
Classificação: 14 anos
Eu tenho autorização da polícia para ficar pelado aqui – Curitiba, PR
Estar pelado necessariamente deixa alguém nu? Se for considerado o sentido figurado do nu, não. Uma pergunta muito íntima pode te expor tanto quanto tirar a roupa.
A concepção, criação e execução é de Ricardo Marinelli, de Curitiba, que se inspirou em suas inquietações sobre o motivo de as pessoas terem problemas com a nudez ao ponto de ser passível de prisão o fato de ficar pelado em público.
Em suas pesquisas, o intérprete descobriu que a lei tem exceções: o ato será considerado atentado ao pudor só se a autoridade assim considerá-lo e há ainda a possibilidade de se pedir autorização para ficar nu em manifestações artísticas.
A nudez de Ricardo dependerá do público que por ele passar. Colocar moedas em um prato será o sinal do espectador para as ações do artista, que vão desde responder a perguntas a trocar de roupa.
– Dia 26 de outubro, sexta, às 20h
Local: Área de Convivência
(aproximadamente 150 lugares)
Duração: 45 minutos
Classificação: 16 anos
Pelo a menos no país das maravilhas – Curitiba, PR
Ricardo Marinelli apresenta também um espetáculo que discute o masculino e o feminino. O que é ser homem? Ser macho é ser homem? Ser homossexual é ser homem? Qual o limite que define quem é homem ou não?
Para desvendar essas diferenças, o intérprete-criador repensa o organismo, o corpo humano, os estereótipos de identidade sexual e as referências pessoais de masculinidade através de movimento e dramaturgia.
– Dia 28 de outubro, domingo, às 18h
Local: Sala 3 (40 lugares)
Duração: 30 minutos
Classificação: 16 anos
Microdanças que se desfazem ou episódios que não se repetem… – Araraquara, SP
Vencedor do prêmio Funarte Klauss Viana de Dança, o espetáculo, interpretado pelo grupo Gestus, de Araraquara, é composto por três partes, cada uma criada por um colaborador a partir de um mesmo tema: arte ativista.
Modos invisíveis de fazer arte, criado por Cláudia Muller, mostra a dança como ferramenta para subverter o habitual. Essa intervenção se dará nos espaços cotidianos, como a rua.
Microdanças, de André Masseno, pretende mostrar as expectativas entre o performer e a platéia, o que se espera de um profissional de dança e o que acontece com o olhar do público quando as diversas identidades do corpo são potencializadas ao máximo e recontextualizadas.
Com criação de Mário Nascimento, Cortadores é uma coreografia baseada no trabalho dos cortadores de cana, sua força, luta pela sobrevivência e exploração que sofrem. Mostra como o corpo se torna fácil de controlar quando se torna submisso à vontade de alguém.
Modos invisíveis de fazer arte
– Dias 27 de outubro, sábado, das 16h às 18h (agendamento individual), e 28, domingo, das 10h às 12h (agendamento individual) – Telefone para agendamento: 3340-2037
Local: Sala 4 (1 lugar – o espetáculo é apresentado a cada 15 minutos para uma pessoa por vez – serão atendidas 8 pessoas por dia)
Duração: 15 minutos
Classificação: 12 anos
– Dia 28 de outubro, domingo, às 13h
Local: Quintal e Pq. da Independência (200 lugares)
Duração: itinerante
Classificação: 12 anos
Microdanças e Cortadores
– Dia 28 de outubro, domingo, às 20h
Local: Teatro (213 lugares)
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos
Leia-me – Rio de Janeiro, RJ
O solo da carioca Ivana Menna Barreto valoriza a leitura através da dança. A concepção da coreografia partiu da idéia de que as pessoas sempre estão lendo ou sendo lidas e a leitura vai além do que está escrito, contemplando também qualquer movimento ou ação.
Durante o espetáculo serão projetadas palavras no corpo em movimento da bailarina e, ao final da apresentação, os espectadores receberão folhas de papel em branco para escrever suas impressões. Esses papéis posteriormente comporão o cenário do espetáculo.
– Dia 27 de outubro, sábado, às 18h
Local: Sala 3 (40 lugares)
Duração: 40 minutos
Classificação: 16 anos
I’m not here – Rio de Janeiro, RJ
Com concepção, direção e performance de André Masseno, a apresentação representa um diálogo com a obra “A morte do Cisne”, de Michel Fokine. A atuação transita entre dança e teatro para abordar as memórias e a história do corpo do artista, incluindo uma tensão entre se expressar e seguir a técnica.
– Dia 28 de outubro, sábado, às 19h
Local: Área de Convivência (150 lugares)
Duração: 35 minutos
Classificação: 14 anos
Bate-papo
Após três dias de apresentações contínuas de grupos vindos de diferentes partes do Brasil, haverá um bate-papo com a platéia e artistas sobre o processo de criação e apresentação de dança contemporânea no país.
– Dia 28 de outubro, domingo, às 14h
Local: Galpão (aproximadamente 50 lugares)
Duração: 120 minutos
Classificação: Livre
Deslocamentos
Dias 26, 27 e 28 de outubro, sexta, sábado e domingo – diversos espaços e horário
SESC Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga
Não possui estacionamento