Dentro da programação de atividades do projeto Complexo Turístico Cultural Recife-Olinda, foi realizada ontem, às 19h30, uma palestra intitulada A gestão do Patrimônio como Recurso Econômico: o Caso da Cidade de Buenos Aires, ministrada pela arquiteta argentina Sandra Diaz, assessora do Ministério da Cultura de Buenos Aires, convidada ao Recife pelo núcleo gestor do Complexo Turístico. Além da palestra, a arquiteta dará oficinas para os técnicos envolvidos no projeto entre os dias 23 e 25 de outubro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, no mesmo local. A idéia é promover um intercâmbio de experiências na área de gestão cultural entre as duas cidades. Prestigiaram o evento os secretários municipais de Cultura, João Roberto Peixe; e de Finanças, Elísio Soares.
“O objetivo principal desse trabalho e das oficinas é auxiliar os técnicos a detectar os indicadores econômicos nos territórios de valor patrimonial para gerar políticas de gestão que promovam o desenvolvimento local”, explicou Sandra Diaz. Segundo a arquiteta, a preservação das riquezas culturais garante desenvolvimento social. “A sustentação do patrimônio cultural tangível e intangível é fundamental para consolidar o tecido social. A perda ou deterioração desse patrimônio é um grande erro e afetaria a identidade dos cidadãos”, alertou. Já João Roberto Peixe destacou a afinidade entre as gestões das duas cidades no que se refere à cultura. “A compreensão de que cultura é um vetor central no desenvolvimento das cidades, não só do ponto de vista do valor simbólico e da identidade, mas também sob uma perspectiva econômica. A experiência do plano (Complexo Turístico Cultural) tem essa transversalidade porque envolve todas essas áreas”, explicou.
Nas oficinas, que acontecem sempre após uma palestra de 40 minutos, os técnicos envolvidos no complexo cultural desenvolverão um projeto piloto em vários pontos do Recife e de Olinda. No Recife, serão trabalhados núcleos no Brum, Marco Zero e Alfândega. Já em Olinda, os grupos concentrarão seus trabalhos no Varadouro, Sé, Carmo, Ribeira e Amparo. Todos os núcleos aplicarão a mesma metodologia, definidas durante as oficinas. Por fim, uma avaliação sobre os resultados das atividades será feita no dia 25, às 19h, no Forte das Cinco Pontas.
Temas das palestras / oficinas:
1. A gestão do patrimônio cultural como recurso econômico na cidade de Buenos Aires
2. A dinâmica econômica das áreas urbanas de valor patrimonial: o centro histórico de Buenos Aires
3. Construção de um mapa cultural e a evaluação de políticas culturais
