O OLFATO DAS MULHERES SEGUNDO FREDERICO DALTON

Marilene têm um estranho código para avaliar os homens. Quando algum lhe chama a atenção, ela começa a se perguntar que cheiro ele teria. Porque o cheiro é o que mais importa para Marilene. Ela analisa o rosto, os gestos, as unhas e até o tipo de voz de um homem para imaginar o cheiro dele. Agora Marilene está apaixonada. E isso porque ela acha que o cara deve ter um cheirinho que lembra o bolo de milho que sua mãe preparava quando ela ainda era bem menina em Jacarepaguá.

É realmente possível a amizade entre uma mulher e um gay? Epa! Dizem que não só é possível como são as melhores amizades. Vejamos. Cena 1: Vitor e Mônica estão num sofá. Depois de uma festa. Meio altinhos. Ele é gay. Os dois são bonitos. Vitor é super carinhoso e cheiroso. Marta respeita Vitor, mas não é de ferro. Vitor adora Mônica. Cena 2: Close-up. Eles fecham os olhos… 

 

Estava determinada a entender porque adorava homens de cabelos brancos. Pensou na espuma do mar, densa e refrescante, na textura da areia fininha onde massageia os dedos. Lembrou-se de uma toalha de banho branca, bem felpuda, nova e cheirosa. E na neve que acabou de cair… Um monte de açúcar cintilante? Não, não é só a cor. É o tato. O cheiro. O amor. Parou de imaginar, abriu os olhos, olhou para o lado, e quis apenas curtir a felicidade de agora estar na cama com um homem de cabelos brancos.