Carlos Franco
Muitos reclamam com razão. Mas não adianta. A telinha do BBB é entretenimento – líquido e certo – para a maioria dos brasileiros e assunto obrigatório nos bares e lares. Por isso mesmo, muitas empresas continuarão a investir pesado para atrair os olhares de telespectadores curiosos com a vida alheia, algumas sugestionadas a fazer até promoções no próprio programa.
É que os participantes revelam, em sua maioria, um Brasil real, cheio de mesquinharias e de um nível baixo, de gente que não sabe ler, escrever e muito menos falar, mas que têm a cara desse país de diversidades, onde até alunos formados por reluzentes universidades exibem vocabulário paupérrimo e uma visão estreita da própria vida e do viver coletivo.
O BBB é, nesse sentido, uma espécie de síndrome do siri, do andar para trás, representado por pessoa que querem com o prêmio de R$ 1 milhão andar para frente, algumas mais: fama e poder. Não chegam, em sua maioria, a fama e o poder, a durar um verão, mas servem para abastecer, com os pontos do Ibope e a popularidade conqusitada na telinha da Globo, baixos índices de audiêncioa de programas de outras emissoras. Que faça se faça justiça, a TV Globo na programação principal ainda mantém o seu padrão de qualidade. O último vencedor do BBB, por exemplo, o Diego Alemão sequer conseguia decorar texto curto e preciso para o Fantástico, rodou do programa. Virou bicão de festas ainda em busca da popularidade que começa a declinar e agora entra praticamente no ostracismo com a entrada na casa de novos participantes. Jean seguiu a mesma trilha de Alemão, Kleber idem, e assim sucessivamente. Só se salva quem tem o minímoo de talento e simpatia, como Grazi Massafera, que conseguiu continuar no ar ou Sabrina que brincou com suas próprias limitações. E outros menos afetados por esse sucesso repentino e passageiro, e que se viram forçados a aprender mais, a reavaliar comportamentos e erros comnetidos na casa mais espionada do Brasil.
A tal Iris, a própria representação do siri, é outra que foi descendo a ladeira, num exemplo típico do que acontece a essa gente. Está na Rede TV! no programa Fama, onde sequer consegue falar com naturalidade. Parece ter enorme dificuldade de decorar ou de ler o script que está na sua frente, projetado em cartazes ou telinhass. Amaury Jr nesse quesito se sai melhor. Seus produtores, até em festas, levam cartazes com o nome de quem ele está entrevistando e uma informação ou outra para ele não se perder, mas Amaury Jr tem jogo de cintura. Os ex-BBB parecem mesmo acometidos, alguns meses depois de deixar a casa, da síndrome do siri. Contiuam andando para trás, mesmo querendo andar para a frente. Não à toa, são nomes vetados nas melhores festas dos grandes centros. E começam a badalar no interior, onde astros reais estão mais distantes dos fãs, até que nem mais nesses rincões emplacam. Afinal, até rodeios preferem astros de verdade, que têm algo a ensinar, do que um “cowboy” limitado. Uma prova viva e real de que dinheiro pode comprar muita coisa, só não compra o reino dos céus, muito menos conhecimento e cultura. É preciso mais. É preciso andar para frente. Mas é desses erros, que repetem buscando aceitação, que o povo gosta e com os quais se identifica. Pior é que eles insistem no erro, e os erros dos novos integrantes ainda têm o frescor da novidade, acabam agrandando mais a platéia. Basta conferir a partir de hoje, quando atração entra no ar em sua oitava edição.