A seleção brasileira tem uma nova camisa azul para a disputa das eliminatórias da Copa do Mundo e a Olimpíada de Pequim. O novo modelo, que resgata o uniforme utilizado na final da Copa de 1958, foi apresentado ontem, 21/01, no Rio de Janeiro, em um super evento batizado de A primeira estrela é azul e contou com a presença de diversos craques-campeões mundiais, entre eles: Djalma Santos, Zito, Zagalo, Carlos Alberto Torres, Jairzinho, Ricardo Rocha, Bebeto além de muitos vips e celebrites.
Há cinqüenta anos, o futebol brasileiro apresentou ao mundo a sua capacidade de encantar os fãs e desconsertar os adversários. Essa curiosa história começou na Copa de 1958, quando os craques da seleção apagaram de vez a decepção pela derrota de oito anos antes para o Uruguai, em pleno estádio do Maracanã, e com muita técnica, garra e categoria, levantaram pela primeira vez a taça Jules Rimet.
No 50º aniversário daquela inesquecível conquista, o novo uniforme azul da seleção presta uma homenagem ao time campeão mundial e ao sucesso que ele proporcionou ao futebol brasileiro. O novo design foi diretamente inspirado pela camisa utilizada na final contra a Suécia, disputada em 29 de junho de 1958, em Estocolmo.
E a história dessa camisa que nos deu a primeira estrela começou após o Brasil perder o sorteio de definição dos uniformes dias antes da partida decisiva. Como a delegação só tinha levado o traje amarelo o mesmo utilizado pela Suécia -, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF) teve de procurar uma nova opção nas ruas de Estocolmo. E o azul foi escolhido.
Supersticiosos, alguns jogadores brasileiros pensaram que a mudança da cor da camisa era um mau presságio. No entanto, Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação na Copa, incentivou os jogadores com as seguintes palavras: Jogaremos de azul porque essa é a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, disse, para colocar fim à questão.
Vestidos de azul, os craques brasileiros golearam os suecos por 5 x 2 e fizeram o mundo testemunhar o nascimento de um novo estilo de jogo, que passou a ser conhecido e reconhecido mundialmente como Futebol-Arte. Até o jornal britânico World Sports se rendeu, publicando que foi preciso esfregar os olhos para acreditar que o futebol mostrado por aquele time fazia parte deste planeta.
A nova camisa é azul roial, com gola em V na mesma cor, enquanto os punhos de manga e detalhes em ambos os lados estão num tom amarelo idêntico ao de 1958. Na versão anterior, esses detalhes eram brancos. O brasão da CBF fica no lado esquerdo do peito, com as cinco estrelas das Copas do Mundo conquistadas logo acima. Na parte interna da gola está a frase nascido para jogar futebol.
As fontes de texto utilizadas no número e na frase, exclusivas para a camisa do Brasil, são inspiradas em paisagens de todo o país. O uniforme tem um novo ajuste dinâmico, que deixa o tecido mais colado ao corpo e, conseqüentemente, mais difícil de puxar. Tudo para favorecer o talento do jogador brasileiro diante dos marcadores adversários. A tecnologia é Nike Sphere Dry, que mantém os atletas mais secos e confortáveis durante o jogo.
A nova camisa azul da seleção brasileira chega às lojas no dia 30 próximo, ao preço sugerido de R$ 250 (com tecnologia Nike Sphere Dry) ou R$ 170 (tecnologia Dry-FIT).
