A música que ecoa nos corredores de uma loja e em supermercados pode influenciar a decisão de compra do consumidor de forma positiva ou negativa. Saber explorar o potencial sonoro de uma marca pode incrementar vendas e interagir com o público alvo.
Essas dicas, entre muitas outras, são do consultor inglês Julian Treasure, convidado especial da agência LongPlay, do Grupo Newcomm, para participar da 22ª Semana da Criação Publicitária, que acontece na Fecomércio, em São Paulo, entre os dias 14 e 18 de abril. A LongPlay é uma das agências madrinhas do evento.
Quando nos comprometemos em trazer um profissional para a Semana da Criação Publicitária, tivemos a preocupação em convidar alguém com uma proposta diferenciada. Com a associação do trabalho para marcas e o estímulo do sentido da audição, o Julian se encaixou perfeitamente no que desejávamos, destacou Fernando Luna, presidente e diretor de criação da LongPlay. Segundo Luna, a vinda de um profissional do calibre de Julian Treasure, especialmente para se apresentar no dia 14, é também um presente da agência aos participantes, já que nesse dia a LongPlay completa dois anos de existência.
Ex-baterista de bandas pós-punk nos anos 70 e 80, Treasure criou há três anos a empresa The Sound Agency (www.thesoundagency.com), uma consultoria de som voltada para marcas e negócios. O consultor também é autor do livro Sound Business, lançado na metade do ano passado, sobre de que forma o som influencia as pessoas, já que a audição é desenvolvida do nascimento até a morte, 24 horas por dia.
Segundo Julian Treasure, a maioria das marcas se preocupa apenas com a apresentação visual dos seus produtos e não dá importância ao lado sonoro, quando na verdade as duas percepções deveriam caminhar juntas. Um dos segmentos com problemas crônicos no processo de vendas, quando se trata de trilha sonora, é o varejo. A mistura entre o barulho de carrinhos de compras, crianças gritando e o som dos caixas irritam os consumidores e pode até abreviar sua presença no local, acrescentou Treasure. Para resolver essa situação o especialista alerta que não basta escolher uma música comercialmente boa, é preciso ter uma estratégia para tornar o ambiente agradável e estudos sobre o espaço físico do estabelecimento, acústica, perfil dos consumidores e das marcas.
Com a proporção que a música ganhou no dia-dia das pessoas por conta da popularização dos tocadores de mp3 e iPods, as músicas acidentais e não pensadas pelas marcas, de ixam de ser uma ferramenta mercadológica, que pode aumentar a satisfação dos consumidores e melhorar os resultados, para virar uma inimiga da empresa e espantar consumidores.
22ª Semana da Criação Publicitária
Palestra: O Som Influencia!
Dia: 14/04 (segunda-feira), às 16h30 e 21h.
Local: Centro Fecomércio de Eventos, Teatro Raul Cortez Rua Dr. Plínio Barreto, 285 2º andar, São Paulo