A revista Amazônia Ainda é possível salvar?, iniciativa inédita do jornal O Estado de S. Paulo veiculada em outubro do ano passado, rompe fronteiras e leva as imagens publicadas em suas páginas para o Wilson Center, em Washington (EUA). Na próxima quarta-feira (dia 16), até 14 de março, o público norte-americano poderá conferir a mostra Amazônia Photography. Em razão dos 20 anos da morte de Chico Mendes, os Estados Unidos dedicam o ano de 2008 à Amazônia. A exposição e a conferência que a antecede são organizadas pelo Brazil Institute do Wilson Center.
Haverá um coquetel de abertura, dia 16, às 18 horas, com as presenças, entre diplomatas, altos funcionários e especialistas em meio ambiente dos dois países, do presidente do Wilson Center, Lee Hamilton, do embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, e do diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour.
Uma conferência intitulada Integração, Infra-estrutura e Proteção Ambiental na Amazônia antecederá a recepção de abertura. Dividida em três partes, discutirá as conclusões de um relatório que a Conservation Internacional publicou recentemente sobre as iniciativas de Integração da Infra-Estrutura Regional Sul Americana (IIRSA). O evento será transmitido ao vivo na Internet pelo do site www.wilsoncenter.org.
A sessão inicial, às 12 horas, será presidida pelo biólogo Thomas Lovejoy, que cunhou a expressão biodiversidade, e terá as participações do autor do estudo da Conservation International, Timothy J. Killeen, e o coordenador da IIRSA do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Mauro Marcondes. As mesas seguintes terão representantes de governos federal, de organismos multilaterais, de organizações não governamentais e do setor privado.
A exposição Amazônia Photography tem como base as fotos produzidas para a revista Amazônia Ainda é possível salvar?. A publicação é fruto de um grande investimento jornalístico do Estadão, que mobilizou alguns de seus mais destacados profissionais para produzir um retrato sem retoques desse que é o maior ecossistema do mundo, tema obrigatório nos estudos e debates sobre o futuro do homem no planeta.
Para a realização do projeto foram enviados, durante quatro meses (de julho a outubro deste ano), cinco repórteres e três fotógrafos para explanar, de forma ampla, uma proposta-base: mapear o problema da devastação da floresta, apontar e discutir as possíveis soluções. Ao todo, estiveram envolvidos 25 profissionais na apuração de informações, pesquisas e redação.
Para responder à questão levantada pela revista, é preciso conhecer a Amazônia profundamente. Esse princípio norteou os repórteres destacados para a missão, alguns dos quais chegaram a lugares onde nenhum profissional da imprensa havia estado antes. Encontraram terras arrasadas, aldeias indígenas e povoados empobrecidos, mas também experiências que reforçam a esperança da sustentabilidade, diz o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, adiantando que a exposição também acontecerá em São Paulo em data e local a serem definidos.
Sobre o Wilson Center e o Brazil Institute – O Woodrow Wilson Internacional Center for Scholars é o memorial ao 28º presidente dos EUA, Woodrow Wilson, considerado um dos grandes presidentes da história daquele país. Foi criado em 1968 para ser um espaço vivo que procura aproximar os formuladores de políticas públicas e os estudiosos dessas áreas. O público do Wilson Center vem das comunidades acadêmicas e de formuladores de políticas públicas de Washington, ou seja, funcionários dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, bem como integrantes das forças armadas e do corpo diplomático. O Brazil Institute foi criado em junho de 2006 e se dedica a dar maior visibilidade e a aumentar a compreensão em Washington dos temas de políticas públicas relevantes ao Brasil e às relações Brasil-EUA. O Brazil Institute é dirigido pelo jornalista Paulo Sotero, que foi correspondente do Estado de S.Paulo em Washington durante dezessete anos, antes de assumir sua atual função, em setembro de 2006.