A Universal Music Enterprises lançou no feriado de Páscoa, no mercado norte-americano, a coleção digital de 17 álbuns que comemoram o centenário de um ícone da música: Billie Holiday, a artista que nasceu em 7 de abril de 1915 e tornou-se símbolo do jazz e do blues e que completaria este ano o seu centenário. Cem anos de uma vida marcada por tragédias e sofrimento que resultaram em canções clássicas como “Strange Fruit”, aqueles estranhos frutos das árvores do sul, na realidade, negros enforcados sem motivo algum apenas pelo preconceito racial nos Estados Unidos numa página triste da história que não deve ser esquecida ou renegada a um segundo plano sob o risco, como vemos hoje, de preconceitos voltarem a estimular mentes criminosas em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Dos 17 álbuns lançados pela Universal Music, seis são emitidos pela primeira vez de forma digital. Esses títulos vintage – originalmente lançado nos rótulos Commodore, Decca, clef, Verve e MGM – foram registrados entre 1939 e 1959, e representam uma parte substancial do trabalho espetacular de Billie Holiday, que morreu aos 44 anos de idade em 17 de julho de 1959.
Em uma carreira marcada por quantidades iguais de tragédia pessoal e triunfo musical, Billie Holiday se tornou uma estrela popular, superando barreiras raciais e de gênero em um momento em que tais cruzamentos eram raros. Nas décadas seguintes, ela manteve-se uma artista imensamente influente cuja abordagem vocal emocionalmente expressiva e inovadora influenciou várias gerações de cantores.
Depois de fazer a sua primeira gravação aos 18 anos com a big band de Benny Goodman, Holiday fez suas primeiras gravações com seu próprio nome em 1936. Passou então a trabalhar e iluminar as carreiras de proeminentes nomes da música como Teddy Wilson, Count Basie, Artie Shaw e Paul Whiteman. Billie Holiday permaneceu popular com o público para o resto de sua vida apesar de seus problemas em curso com drogas e álcool, o que contribuiu para a sua saúde em declínio e morte precoce.
Mais de meio século depois de sua morte, as gravações de Billie Holiday continuam a inspirar os ouvintes em todo o mundo. Os álbuns clássicos reunidos para esta celebração de 100 anos incluem muito da maior e mais duradoura obra da cantora demonstrando porque sua música continua a falar tão poderosamente para as novas gerações de
