A proposta vanguardista que o MOTOMIX The ROKR Festival traz desde sua primeira edição aparece na escolha de um line-up original, com atrações internacionais inéditas no Brasil, e na intensa participação do público como co-criador do evento. Ao assumir um formato que aposta em novos expoentes da música, nos mais diversos estilos, do indie ao hip-hop, da música eletrônica ao rock, o MOTOMIX 2007, evento proprietário da Motorola, assume a ousadia como ponto de partida.
Isso se confirma já no show de abertura, que será gratuito e realizado no Parque do Ibirapuera, no domingo (25/11). Apparat, como é conhecido o cultuado DJ alemão Sascha Ring, chega ao Brasil com sua Live Band, para mostrar um projeto de timbres orgânicos que promete uma incursão sonora inesquecível. Inspirado nos concertos eletrônicos ao ar livre que fizeram a fama de festivais europeus, como o britânico The Big Chill, o show que abre a maratona de atrações do MOTOMIX chega no clima do chill e do downtempo. A idéia é sentar no parque e desfrutar de boa música em uma atmosfera relaxante.
Depois de uma bem-sucedida parceria com Ellen Allien, Apparat lançou neste ano o elogiado Walls, álbum que revela mudanças no seu caminho artístico. Em contraste com a produção que tinha o laptop como base e passeava entre estilos como o techno, IDM (intelligent dance music), minimal e electro, este novo trabalho tem vocais do próprio Sascha Ring, instrumentos analógicos (guitarras, teclados e bateria) e uma boa dose de experimentação. Um som para ouvidos atentos que antecede a série de atrações superdançantes nos clubes de São Paulo.
Atrações inéditas e jovens talentos juntos no Circuito Clubs MOTOMIX
O novo pop que ressurge, o rock anos 2000, o hip-hop underground. Com um line-up que aponta tendências, o MOTOMIX – The ROKR Festival vai atrair um público antenado com nomes que vêm transformando a cena mundial.
O Studio SP é anfitrião do DJ Vadim na primeira noite do Circuito Clubs MOTOMIX, na terça-feira, 27 de novembro. Russo, mas criado em Londres, DJ Vadim traz na bagagem suas multiexperiências como DJ, produtor e dono do próprio selo, o Jazz Fudge. Mantendo-se sempre numa trilha underground e adepto de batidas quebradas, o “John Coltrane do hip-hop”, como Vadim é conhecido, lançou neste ano seu quinto álbum, The Sound Catcher.
Na quarta-feira, 28 de novembro, é a vez do Clash Club abrir as portas para o som do Eagles of Death Metal (EofDM). A banda californiana faz um som bem garageiro – e nada metaleiro, como sugere o nome. Ao lado do líder Jesse Hughes, tocam Dave Catching (guitarra), Brian O’Connor (baixo) e Gene Trautmann, que substitui Josh Homme na bateria. Apesar de ter criado a banda ao lado de Jesse Hughes, Homme está bem afastado, dedicando-se ao seu outro projeto, Queens of the Stone Age. Em entrevista recente, a banda definiu seu som como “uma combinação de guitarra slide bluegrass com batida de bateria de strip-tease e vocais tipo Canned Heat”.
Responsável pela ebulição de nomes como Amy Winehouse e Lily Allen, o produtor Mark Ronson aterrissa no Royal Club, na quinta-feira, 29 de novembro, com um set que aponta para o novo. Unindo seu voyeurismo pelo pop ao gosto pela experimentação, Ronson mostra reinvenções para as músicas de que mais gosta. Uma amostra do que o DJ vai fazer nessa noite especial no Royal são as faixas de seu mais recente álbum, Version, que traz Robbie Williams interpretando Only One I Know, dos The Charlatans e Lily Allen pegando emprestada a canção Oh My God, do Kaiser Chiefs e Stop Me, dos Smiths.
A pista do D-Edge recebe, na sexta-feira, 30 de novembro, a performance do misterioso Bernard Fevre, cabeça por trás do Black Devil Disco Club. O nome do projeto de música eletrônica vem do primeiro álbum lançado pelo francês, em 1978, que se tornou um clássico cult ao ser relançado pela gravadora Rephlex, do Aphex Twin. O disco 28 After, produzido em 2006, significou o começo de uma maratona de apresentações do Black Devil Disco Club. Fevre é um mestre que prima por vocais assombrosos, letras distorcidas e batidas limpas.
Reduto de boa música na Augusta, o Clube Vegas é a última – e imperdível -chance de participar da maratona musical do MOTOMIX – The ROKR Festival. À frente da festa, no sábado, 1º de dezembro, o produtor Alex Ridha, de 24 anos, é o único “garoto” do plural Boys Noize. Adorado pelos integrantes do Daft Punk e autor de remixes de músicas do Depeche Mode e Feist que empolgaram DJs e multidões ao redor do mundo, ele chega ao Vegas levando no case faixas explosivas do seu recém-lançado álbum de estréia: Oi Oi oi.
Outra boa notícia é que o Circuito Clubs MOTOMIX terá noites abertas por projetos musicais selecionados pelo MOTOMIX Novos Sons, que está recebendo, até 5 de novembro, inscrições no www.motomix2007.com. “O Novos Sons oferece desenvolvimento artístico com ótimos produtores, workshops com artistas consagrados, produção e mixagem de uma faixa num top estúdio brasileiro e ainda masterização em Nova York. O projeto deseja deixar um legado para que todo ano se revelem novos artistas, que tenham um significado importante para a música feita no País nos próximos anos”, afirma Dudu Marote, curador do MOTOMIX Novos Sons.
PROGRAMAÇÂO MOTOMIX 2007
Inscrição de projetos de música e artes visuais
De 17 de outubro a 5 de novembro (Novos Sons)
De 17 de outubro a 6 de novembro (Novas Imagens)
Mostra de Arte Multimídia MOTOMIX
Data: de 28 de novembro a 3 de dezembro
Onde: Cinemateca Brasileira
Endereço: Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Clementino – SP
Show de Abertura – Apparat
Data: 25 de novembro
Horário: a partir das 14h30
Local: Parque Ibirapuera, perto da Marquise
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Ibirapuera – São Paulo, SP
Mais detalhes, regulamentos e fichas de inscrição no site www.motomix2007.com