O brasileiro ficou, em média, 5 horas, 4 minutos e 23 segundos por dia diante da televisão em 2006. É o que revelou pesquisa do Ibope/Mídia que trouxe também uma novidade surpreendente: os que têm mais de 50 anos estão ficando, na média, menos em frente os aparelhos de televisão que os mais jovens.
Para a diretora comercial do Ibope Mída, Dora Câmara, isto tem a ver com a melhoria da qualidade de vida da turma da terceira idade, que está saindo mais de casa, cuidando mais da saúde (conseqüentemente vivendo mais) e gastando o dinheiro em viagens e passeios, mesmo que dentro das suas próprias cidades.
Os dados do Ibope Mídia de 2006 revelaram também que 5 milhões de lares ficam ligados diariamente por 5 horas, 4 minutos e 23 segundos em frente à televisão. É uma audiência diária de 8,2 milhões de brasileiros, dos quais 28% das classes A e B, 40% da classe C e 32% das classes D e E. Pela gratuidade do meio de comunicação, Dora diz que é visível a participação maior das classes C, D e E no bolo, que juntas somam 72% da audiência da TV brasileira no Painel Nacional do Ibope Mídia.
E se o crescimento da audiência já foi maior nos últimos quatro anos, o ritmo, ainda que menor a 10%, vem se mantendo, o que torna esse meio de comunicação essencial para a veiculação de campanhas publicitárias de massa. Quanto a isso ninguém parece ter dúvidas. O meio televisão tem área de cobertura de 96% do território nacional e a gratuidade do sinal é o principal elemento de propagação desse lazer. Em troca, a população tem garantido a audiência do meio.
Para Dora, é a força da televisão que também tem levado público aos cinemas, especialmente para os filmes nacionais. Ela cita o caso de “A Grande Família”, sucesso de público este ano.