No dia 15 de dezembro de 2007 Oscar Niemeyer fará 100 anos. Como parte das comemorações, a Publifolha lança o 72º título da coleção Folha Explica, escrito pelo arquiteto e designer gráfico Ricardo Ohtake. Em Oscar Niemeyer, uma história fascinante aproxima o leitor daquele que será um dos únicos, se não o único brasileiro ainda lembrado no século 30.
Começando por trabalhos anteriores ao do conjunto da Pampulha (1942), Ricardo Ohtake mostra os mais importantes projetos assinados por Niemeyer, passando por obras emblemáticas, como o Edifício Copan e o conjunto do Parque Ibirapuera (1951), até a criação de Brasília (1960), o maior desafio imaginado por um arquiteto: inventar a nova capital de um país.
O livro segue os 100 anos de vida de Oscar Niemeyer, revelando peculiaridades e chegando aos projetos que o arquiteto desenvolveu na Europa – quando teve de sair do País por conta da ditadura militar. Em 1974, Niemeyer volta e inicia a produção de muitas obras, como o Sambódromo carioca, o Memorial da América Latina e o Museu de Niterói.
Oscar Niemeyer aborda a trajetória não só o maior arquiteto brasileiro, mas um dos maiores do mundo. O livro reúne croquis das obras mais significativas e oferece ao leitor a visão de mundo por trás da obra desse grande arquiteto. Homem de posições políticas claras, que nunca deixou de protestar contra a desigualdade social, Niemeyer é o nosso arquiteto: de todos nós, brasileiros.
Cronologia
1907 – Oscar Niemeyer nasce a 15 de dezembro, no Rio de Janeiro, filho de um industrial gráfico e de uma senhora da linhagem direta de um ministro do Supremo Tribunal Federal.
1928 – Casa se com Annita Baldo, falecida em 2004, com quem teve uma filha, Anna Maria, sua colaboradora em projetos de peças de mobiliário detentora da Galeria AMNiemeyer.
1934 – Forma se Arquiteto na Escola Nacional de Belas Artes.
1940 – Realiza o projeto do conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, a pedido do prefeito Juscelino Kubitschek: a Capela, o Cassino, a Casa de Baile e a Casa de Barcos, obra que projetou a arquitetura brasileira no mundo.
1945 – Ingressa o Partido Comunista Brasileiro.
1947 – Participa da equipe para o projeto da ONU, em New York, com mais seis arquitetos, onde se destaca com sua proposta.
1951 – Inicia o projeto do Parque Ibirapuera para o IV Centenário de São Paulo (1954), depois de ter realizado obras no centro da cidade, entre as quais, o Edifício Copan. As construções do Ibirapuera terminam somente em 2004, porém sem a praça de entrada do Parque.
1952 – Projeto da sua residência na Estrada das Canoas, no Rio.
1955 – Funda a revista Módulo, especializada em arquitetura, que será, durante as quatro próximas décadas, importante veículo para divulgar a arquitetura brasileira e por onde o público e os arquitetos ficam conhecendo as obras do próprio Niemeyer.
1957-58 – Começa o projeto da nova capital do país, desde as primeiras obras provisórias até o concurso do Plano Piloto, com júri internacional, vencido por Lucio Costa. Desenha os principais edifícios do governo federal – Executivo, Legislativo e Judiciário – e várias obras que representam a capital da República. Recebe seus honorários, durante todo o período, como funcionário da Novacap, a empresa criada para a construção de Brasília.
1960 – 21 de abril, inauguração de Brasília.
1963 – Criação da Universidade de Brasília, cujo primeiro reitor foi Darcy Ribeiro, e teve Niemeyer como importante formulador, não só dos projetos que compõem o campus, como do próprio ensino, particularmente o de arquitetura, do qual é nomeado coordenador.
1964 – Golpe militar no Brasil. Diversos níveis da administração criam problemas aos projetos de Niemeyer, como o Instituto de Teologia, dentro da Universidade, que não foi terminado, a construção de um grande mastro atrás da Praça dos Três Poderes e o Aeroporto de Brasília, cujo projeto não foi aceito por falsos argumentos. Retirase da Universidade de Brasília, em 1965, com outros 200 professores, em protesto contra a política universitária da ditadura.
É obrigado, a viajar e trabalhar no exterior: Israel, Líbano, Itália, França, Portugal, Argélia, são alguns dos países que lhe solicitam projetos (1964 a 1974)
1965 – A França presta grande homenagem a Niemeyer, autorizandoo a assinar projetos naquele país como arquiteto; é organizada uma grande exposição de sua obra no Museu do Louvre.
1974 – Com a volta definitiva ao Brasil, Oscar Niemeyer concentra o seu local de trabalho no escritório da av. Atlântica, no Rio, onde realiza os estudos preliminares; o desenvolvimento dos projetos, agora, ele passa a outros arquitetos. Os novos projetos incluem o Sambódromo (1983), no Rio de Janeiro, os Centros Integrados de Educação Popular (CCIEPs, 1984), também no Rio; Memorial da América Latina (1987), em São Paulo; Edifício Sede do L ”Humanité (1987), em Paris; Museu de Arte Contemporânea (MAC, 1991), em Niterói.
1988 – Recebe o Prêmio Pritzker de Arquitetura, dos Estados Unidos, pelo grande conjunto de obras que realizou, dando uma excepcional contribuição à arquitetura.
1990 – Desliga se do Partido Comunista Brasileiro, continuando a sua luta por justiça e igualdade, independente de partido.
1993 – Nasce o primeiro trineto, Pedro Henrique, a seguir vêm Ana Luiza, Pedro Paulo, Camila, Maitê, Ivan Guilherme.
1999 – Projeta o “Caminho Niemeyer” (1999), em Niterói, conjunto composto do MAC, Teatro Popular Oscar Niemeyer, Memorial Roberto Silveira, Fundação Oscar Niemeyer, Catedral Católica, Igreja Protestante. Em seguida, o Museu Oscar Niemeyer (2001), em Curitiba; a Serpentine Gallery (2003), em Londres; o Teatro do Ibirapuera (2004), em São Paulo; o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional (2006), em Brasília, no Complexo Cultural da República.
2006 – Casa se com Vera Lúcia Cabreira.
2007 – Entra em cartaz um documentário de longa metragem sobre Niemeyer, A Vida É Um Sopro (dirigido por Fabiano Maciel).
Oscar Niemeyer
Autor: Ricardo Ohtake
Editora: Publifolha
112 páginas
R$ 17,90
O livro pode ser adquirido nas principais livrarias, pelo televendas 0800-140090 ou pelo site www.publifolha.com.br