Tiago Ribeiro
Um país que não tem história, ou pelo menos não faz questão de contá-la, se torna uma nação sem ídolos, sem referência, sendo assim o passado é esquecido e as grandes personalidades também.
Não é sem motivo que encontramos campanhas publicitárias sendo estreladas por verdadeiros astros. Personalidades que fizeram parte da história como Dalva de Oliveira, Grande Othelo, Carmen Miranda, Pixinguinha, não só brilharam no passado mais influenciaram a formação da cultura brasileira e também emprestaram voz e talento à publidade e à propaganda.
Olhar o passado pode gerar grandes lucros financeiros e agregar um identidade sólida à marca. Vejamos o exemplo da Converse que lançou uma campanha global em comemoração ao seu centenário, na qual “ressuscitou” ícones mortos como James Dean, Sid Viscious e Hunter S. Thompson (clique aqui para saber mais). Essa campanha, além de alavancar vendas, incorporou valores para lá de especiais à marca de calçados.
Agora, quem ressurge é Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor, ambas símbolos de sensualida. Elizabeth que começou a carreira cinematográfica ainda criança, quando foi descoberta aos 10 anos, faz parte da história do cinema americano. Já Marilyn – um dos mais reconhecidos e utilizados rostos da cultura pop – estampou várias campanhas embora muitas das vezes seu carisma foi desnecessariamente utilizado, porém desta vez não.
A agência Leo Burnett/Delhi(Índia) acertou em cheio quando escalou as duas para a campanha de uma linha de cosméticos femininos.
E enquanto a moda de ídolos do passado dando aval à campanhas não pega por aqui, somos obrigados a engolir as modelos que parecem cada vez mais magras, quando não os ex´BBB`s que de fato roubam o lugar das verdadeiras celebridades.
