A partir do dia 5 de outubro, o telespectador da TV Cultura poderá conhecer ou rever os feitos de várias gerações de artistas que fizeram e fazem história na Música Popular Brasileira. A vida desses mestres e as músicas que o consagraram serão contadas e cantadas no programa Mosaicos, que será exibido todas as sextas-feiras, às 21h.
A atração usará imagens raras, captadas pelos antigos programas musicais da emissora, mescladas a apresentações musicais de cantores da nova geração, que homenagearão um artista de referência a cada semana. A idéia, segundo o coordenador do núcleo de música da Fundação Padre Anchieta, Fernando Faro, é investir no resgate e valorização da memória e ao mesmo tempo divulgar o talento de uma nova geração de músicos que surge no país.
A edição de estréia trará o célebre pianista e compositor Johnny Alf, apontado com uns dos precursores da renovação pela qual passou a MPB na década de 1950 e um dos pilares do movimento Bossa Nova. Sua vida e obra serão retratadas nos depoimentos do maestro Laércio de Freitas, de Alaíde Costa e do contrabaixista Lito Robledo, e nas apresentações dos cantores Bia Góes, Celso Lago e Trio Corrente, interpretando as mais famosas canções do compositor carioca. Figuram entre seus maiores sucessos, “Rapaz de bem”, “Ilusão à toa”, “Quem Sou Eu” e “Eu e a brisa”.
Dentre as imagens levadas ao ar no Mosaicos_A Arte de Johnny Alf estão as dos programas “Ensaio” (1991) – que mostra uma conversa do compositor com Paulinho da Viola -, “Jazz Brasil” (1990) – apresentando um duo de Alf e Baden Powell – e “MPB Especial” (1975) . O destaque entre as imagens de acervo, no entanto, é um registro de 1969, feito nos estúdio da TV Cultura para um programa intitulado “Música Popular Brasileira”, no qual, ao lado de Alaíde Costa e Quarteto Forma, um inspirado Johnny Alf apresenta os clássicos de seu repertório.
As próximas edições do Mosaicos trarão, respectivamente, a arte de Altamiro Carrilho, Tião Carreiro e Severino Araújo e Orquestra Tabajara. Antes da estréia, o programa, que é dirigido por Nico Prado, foi levado ao ar, em caráter experimental, por quatro vezes, exibindo especiais de Luiz Chaves, Sivuca, Pixinguinha e Baden Powell.
