NOMES SEGUNDO FREDERICO DALTON

Frederico, meu marido, já não anda bem. Perdeu o emprego, sentou encima dos óculos e está pré-obeso (Sim, isso foi uma ameaça da endocrinologista). Além de dormir mal, é acordado todas as manhãs por um papagaio aqui do prédio (que inclusive está ameaçado de morte por vários moradores). Ontem descobri por acaso que o bicho também se chama Frederico. Vou levar esta informação para o túmulo pelo bem do meu triste marido.

Talvez seja porque meu nome é simplesmente Maria… Mas o fato é que sinto muita atração por homens com nomes “pão com pizza”. Já fui louca por um Leonardo André, já namorei um Rodolfo Gustavo e acabei de me casar com Eduardo Vítor. Meu marido sabe de minha fixação e até achava engraçado. Até descobrir que o vizinho fortão do 301 se chama Reinaldo Roberto.

 

Sou uma mulher simples, mas, não sei por que, a Ana Luíza, minha filha, é chegada a homens com sobrenomes históricos. Agora está com um tal de Paulinho Villegaignon. Expliquei mil vezes a ela que isto não é possível. Este sobrenome já deve estar extinto há séculos. Esse cara é com certeza um pilantra, quem sabe, um gigolô. Mas não adianta. Ela acha que o namorado é realmente descendente daquele francês dos livros escolares. E está feliz como uma tola. Tenho pena da minha filha. Foi a mesma coisa com o Beto Andrada e Silva e com o Ricardo Pasteur.