O amor é lindo e só quem não sabe amar critica os pequenos gestos que constituem uma trama romântica, sempre carregada de doces lembranças, o que é natural, pois somos humanos e estas constituem o nosso alicerce, nos revigoram. E é esse o grande acerto do filme criado pela Energy BBDO para a marca de chicletes Extra Gun embalado pela interpretação sensível de Haley Reinhart para “Can’t Help Falling in Love”, canção imortalizada por Elvis Presley. É daqueles filmes que grudam como chiclete, o produto que vende, e deixam sem argumentos – se é que algum dia tiveram – os incautos e incrédulos defensores de um padrão de comportamento e comunicação comercial mais gelado do que as montanhas do Himalaia. Extra Gun segue no ponto certo, delicioso como aquele primeiro e roubado beijo ao bilhete em forma de declaração de amor no papelzinho, é claro, da goma de mascar, sem que Extra Gun se apresente como protagonista. O que conta neste filme é a história de Sarah e Juan, uma bela história de amor num comercial bonito de se ver. Tudo sob medida: as cenas vividas no passado se mesclam com as do presente como deve ser e como de fato ocorre quando buscamos no HD de nossa memória sensações que ainda nos revigoram, sabores, olhares, saberes. O filme é uma lição de como a publicidade pode grudar como chiclete sem ser chata, sem ser medíocre e sem se atrelar a padrões podres e gélidos de comunicação. Um belo filme, uma bela lição de como a propaganda pode e deve surpreender. Extra Gun se oferece, assim, numa embalagem comovente. É isso o que importa.
O AMOR É LINDO E GRUDA COMO CHICLETE
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