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O CENTENÁRIO DO TAUE MATSURI EM OKAZAKI - Revista Publicittà O CENTENÁRIO DO TAUE MATSURI EM OKAZAKI - Revista Publicittà

O CENTENÁRIO DO TAUE MATSURI EM OKAZAKI

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Os japoneses são apegados às tradições milenares, muitas delas de origem rural como o Festival de Taue de Okazaki, na Província de Aichi, na região central do país e que foi elevada à condição de cidade em 1916. Como passaram a contar os festejos que existiam antes em pequenos vilarejos a partir de 1916, este ano o Taue Matsuri de Okazaki, que marca o início do plantio do arroz, completa 100 anos e por tratar-se de data importante e significativa para os residentes nessa importante região do país, o príncipe Akishino e a princesa Kiko participaram do início das festividades. As imagens do fotógrafo Marcelo Hide* registraram esse momento histórico de uma comunidade que se orgulha de apresentar as menores taxas de desemprego do país por força da potência industrial que se tornou sem, contudo, perder a essência de suas festas.

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO - 07/06/2015 O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz  que simboliza o  início do plantio de arroz na região central do  Japão. Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO – 07/06/2015
O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz que simboliza o início do plantio de arroz na região central do Japão.
Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO - 07/06/2015 O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz  que simboliza o  início do plantio de arroz na região central do  Japão. Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO – 07/06/2015
O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz que simboliza o início do plantio de arroz na região central do Japão.
Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO - 07/06/2015 O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz  que simboliza o  início do plantio de arroz na região central do  Japão. Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO – 07/06/2015
O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz que simboliza o início do plantio de arroz na região central do Japão.
Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO - 07/06/2015 O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz  que simboliza o  início do plantio de arroz na região central do  Japão. Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

OKAZAKI, ESTADO DE AICHI , JAPÃO – 07/06/2015
O principe Akishino e a Princesa Kiko visitam a cidade de Okazaki durante as festividades de 100 anos do TAUE MATSURI , festival de plantio de arroz que simboliza o início do plantio de arroz na região central do Japão.
Foto : Marcelo Hide/Fotos públicas

POR YUME IKEDA, DE TOKYO

Os japoneses são grandes consumidores de arroz o qual denominam de gohan. O alimento está presente tanto na evolução da gastronomia japonesa quanto nos seus rituais. Os xintoístas por exemplo fazem uso das palhas de arroz para demarcar territórios e elementos considerados sagrados. O arroz também serviu de moeda de pagamento aos samurais no período das primeiras dinastias e a quantidade de arroz era expressão de riqueza em toda a era medieval. Em torno do arroz se desenvolveram também indústrias como as fabricantes de panelas elétricas chamadas denki nabe, presente em todos os lares, enquanto nas áreas rurais e entre os japoneses mais tradicionalistas é a gohan nave, uma panela própria para arroz fabricada no Japão, a estrela no preparo do alimento.

O plantio do arroz, portanto, é um ritual, uma cerimônia que se reveste de grande significado para a cultura local e tem no festival Taue Matsuri seu ponto alto. A presença do príncipe e da princesa subscrevem com perfeição o sentido ritual desse momento para os japoneses.  Do sushi ao onigiri, o bolinho de arroz, ele está presente na vida de todos. A festa, o Taue Matsuri, consiste no plantio das primeiras mudas, aquelas nas quais são depositados os votos e a esperança de uma colheita farta ao som de música e dança. Com a presença do príncipe e da princesa na cidade, os seus cidadãos envergaram roupas rituais novas, coloridas, porque a saudação ao plantio requer essa alegria de viver que o arroz, o gohan, nos empresta. As festividades, reconhecidas pela Unesco como bem imaterial do Japão, são recadas à bebida feita pelo arroz fermentado, o saquê, afinal o grão é o grande astro e apenas emprestou seu brilho para o cortejo dos príncipes japoneses que cultivam esses ritos, na verdade o DNA do Japão. O talento indiscutível de Marcelo Hide revela esses importantes traços da nossa cultura.

* Marcelo Hide (Marcelo Hideyuki Date) é brasileiro, nasceu na cidade de Presidente Prudente, Estado de São Paulo, onde começou a carreira como repórter fotográfico no jornal Oeste Notícias. Ganhou destaque na mídia nacional com a cobertura dos conflitos agrários na região conhecida como Pontal do Paranapanema, realizando trabalhos para os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Jornal da Tarde, além das revistas Veja, Isto É e Época. Foi convidado a trabalhar como free-lancer fixo no jornal O Estado de S. Paulo, em São Paulo, onde ficou por dois anos. Voltou ao interior, trabalhou como editor de fotografia da revista Opção. Mora no Japão desde 2001, no Estado de Aichi, onde realiza trabalhos jornalísticos desde 2012, após obter a credencial internacional de jornalista. Colabora com o jornal O Estado de S. Paulo e Agência Estado, Folha de S.Paulo e Folhapress e é fotógrafo associado do Fotos Públicas.

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