Em cartaz até 16 de outubro, no SESC de Copacabana, a peça RJ Refúgio apresenta histórias de refugiados e migrantes que tentam reconstruir suas vidas no Brasil depois de terem fugido de desastres naturais, guerras e situações generalizadas de violência.
A obra aborda desafios de integração no novo país, como preconceito, diferenças culturais, dificuldades no aprendizado do português e falta de apoio do Estado.
Escrito e encenado pelo grupo Performatron, o texto é fruto de mais de um ano de pesquisa sobre populações deslocadas que moram em São Paulo. Nesse período, os atores e idealizadores da peça Conrado Dess, Ériko Carvalho e Elise Garcia participaram de atividades educativas, festas e cursos com refugiados.
A companhia também entrou em contato com pessoas que moram em países como a República Democrática do Congo — uma das nações de onde vêm o maior número de refugiados acolhidos pelo Brasil atualmente, segundo dados da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro.
Além dos brasileiros, a trupe conta também com o migrante congolês Tresor Muteba, que veio para o Brasil em 2011 estudar artes cênicas.
Para a estreia na capital fluminense, a peça foi adaptada e recebeu mais um ator, o refugiado sírio Hadi Bakkour, de 21 anos. O jovem vivia em Alepo e teve de abandonar a cidade por causa da guerra. Morando no Rio desde 2014, hoje ele estuda Direção Teatral na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). (Do Portal da ONU)