O que muda no relacionamento dos bancos e das empresas em geral com seus clientes e com a publicidade com a chegada da tevê digital? Esse será o tema central da palestra A volta do televizinho, de Hiran Castelo Branco, diretor da Giacometti Propaganda e Arquitetura de Marca, durante o seminário TV Digital: Ferramenta de Transações do Sistema Financeiro, realizado pela InterNews Banco Hoje. A palestra será às 16h50, durante o seminário que se realiza a partir de 8h30 na segunda-feira, dia 24 de setembro, no Mercure Paulista Hotel (Rua São Carlos do Pinhal, 87, São Paulo, SP. Informações e inscrições: 11-3751-3430, SP, ou 0800-177707).
Instigante, a palestra destaca as novas possibilidades abertas pela tevê digital, seja na criação publicitária, seja no acesso ao consumidor. Segundo Hiran Castelo Branco, a tevê digital (HDTV) posiciona a tevê aberta como uma mídia moderna. Com o sistema adotado, baseado em antena difusora, o sinal chega a terminais fixos (residências) e móveis, como trens, ônibus, táxis e terminais portáteis. Há portanto um novo mercado a ser explorado pelos radiodifusores: a televisão fora de casa, afirma Castelo Branco. Com início de implantação em dezembro, a HDTV deverá estar presente nas grandes capitais até o final de 2009.
A interatividade, que vem crescendo bastante no canal tevê, avançará ainda mais com os dispositivos móveis. O receptor portável será o grande dispositivo interativo, principalmente com o público jovem. Embora tenham seus serviços de streamming, as operadoras de telefonia terão um papel complementar à tevê aberta no envio de conteúdos, destaca Hiran. A interatividade não estará presente no primeiro momento da tevê digital, mas certamente virá somada à tevê digital móvel, trazendo novas possibilidades de acesso ao público consumidor, em novos momentos.
A Globo vai iniciar sua grade HDTV com novelas, Tela Quente, Supercine e Temperatura Máxima, além de futebol e grandes eventos como o Carnaval. Em horizonte ainda não definido, a maior interatividade propiciada pela tecnologia permitirá congelar cenas para clicar em um determinado produto e efetivar a compra, por exemplo, além de facilitar o acesso a informações e serviços. No Japão as redes de tevê têm enviado cupons eletrônicos, de forma que, ao assistir ao comercial, o espectador clica e recebe os cupons, que podem trazer benefícios como descontos. A Rede Globo já estuda a possibilidade, no futuro, do espectador abrir uma página sobre o comercial a partir de um clique, afirma Hiran Castelo Branco. Pode ser um formulário para abertura de conta, uma receita de uma empresa de alimentos há inúmeras possibilidades. O fato é que a tecnologia amplifica a ação interativa que leva à ação, no momento da emoção provocada pelo comercial.
O futuro da TV em debate
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