O Marinheiro é o único texto para teatro que Fernando Pessoa finalizou. A peça, escrita em 1917, trata de três mulheres que velam uma morta e refletem sobre os sonhos e a morte. Um texto inspirado no simbolismo, onde a ação é mínima e a realidade e a virtualidade da existência são os pontos de partida para o questionamento do que entendemos por vida. Situamos a ação dentro da cabeça de Fernando Pessoa em seu último dia de vida, quando internado com problemas hepáticos, em meio a distúrbios e delírios, ele relembra as veladoras criadas na juventude. Assim, o morto passa a ser o próprio poeta, e as veladoras que refletem sobre os sonhos são projeções de um homem que viveu sempre muito mais intensamente na imaginação do que na chamada realidade.
Três mulheres num ambiente atemporal se tornam veladoras de um morto. O morto, ou quase morto: Fernando Pessoa. Para passar o tempo e suportar o peso da morte, contam uma história sobre um marinheiro que naufragou e, solitário numa ilha, inicia uma aventura na própria imaginação. Acaba por se empenhar tanto nessa criação de um universo dentro da cabeça, que já não sabe mais o que é sonho ou realidade. A partir disso, as veladoras questionam a existência e a realidade da vida, descobrindo elas mesmas que não passam de criações de uma ete prestes a sucumbir, e que em seus últimos momentos revive seu mundo imaginário, seus heterônimos, seu sonho ficcional.
Instituto Cultural Capobianco
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Sala Teatro da Memória
Dias 01, 07, 08, 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de julho
Valor do ingresso: R$ 20,00 (meia R$ 10,00)
Lotação 100 lugares
Horário de bilheteria: sáb das 18h às 20h e dom das 16h às 18h
Reservas pelos tels (11) 3255 8065 / 3237 1187 de seg a sexta das 10h às 18h.
Pagamento em dinheiro ou cheque.
Censura: 14 anos