Com apresentações de três palestrantes e cerca de 150 participantes, entre profissionais de planejamento das diversas disciplinas da comunicação, publicitários de várias especialidades, executivos de veículos, acadêmicos e estudantes, foi lançado o Clube de Planejamento de Minas Gerais (CPMG) na última quinta-feira.
Abrindo o encontro, Adriana Machado (Tom Comunicação), presidente do CPMG, afirmou que são objetivos do Clube trocar experiências, ouvir ideias e visões distintas e contribuir para a melhoria do mercado. Há algum tempo queríamos iniciar aqui um movimento semelhante aos que vemos acontecer em outros lugares. Mas, embora nunca tenha nos faltado vontade, faltava a conjugação de todas as outras coisas: tempo, articulação, disposição simultânea. Agora, tudo se sincronizou.
Palestras A primeira palestra ficou a cargo de Ana Paula Cortat (VP de Planejamento da Leo Burnett). Com 25 anos de carreira, a mineira de Manhuaçu abordou aspectos do cenário atual, como a dificuldade de prever o futuro; o medo do colapso; e a urgência de repensar as sociedades e os negócios para dar respostas à crise mundial. Ao se referir às mudanças na maneira como as pessoas estão se relacionando com o mundo e às tendências do mercado, Ana foi incisiva: É nossa obrigação valorizar o cliente e ajudá-lo a subir o teto no que é nossa área.
A planejadora ainda declarou: O foco não está mais no problema, mas na busca de soluções criativas. O briefing é um processo orgânico, vivo, que está nas ruas, nos jornais, nos shoppings, na cabeça das pessoas com quem nos relacionamos. O Planejamento constrói pontes entre as mentes humanas e as máquinas, o que faz uma baita diferença nas agências.
O presidente Conselho do GP de São Paulo, Ken Fujioka (JWT), abordou o tema Como as marcas lidam com a comunicação em tempos de crise, a partir do pressuposto de que nenhuma marca é uma ilha. Ken apresentou alguns arquétipos de comportamento das marcas em tempos de crise: otimista (Tudo vai dar certo); engajada (Não dá pra ficar parado); nostálgica (Saudade dos bons tempos); orientadora (O conhecimento aplaca a ansiedade); fiadora (Pode contar comigo nas horas boas e ruins); multiplicadora (Em tempos bicudos, seu dinheiro deve render mais); oportunista (Enquanto uns choram, outros vendem lenços); e bem-humorada (Rir é o melhor remédio).
Ao abordar esses arquétipos, Ken exemplificou com a exibição de alguns filmes de campanhas criadas recentemente, após a crise. Na conclusão, afirmou: O planejador não tem que ser vidente, mas tem que conhecer o baralho.
O próximo a falar foi Daniel Artur (AlmapBBDO). O planner acredita que o trabalho do bom planejador é questionar. Uma preocupação para que as mudanças constantes sejam traduzidas em bons negócios é: Que questionamentos devem ser feitos?, disse.
Segundo Daniel, criar é recriar; a comunicação é sinônimo de consenso, ação comum; e, na publicidade, um consenso clássico é o consumo: O papel do planejador é mostrar as tendências que surgem das coincidências.
Atuação e programação Gustavo Jabrazi (Filadélfia Comunicação), diretor financeiro do Clube de Planejamento de Comunicação de Minas Gerais, explicou quais são as três frentes de trabalho da entidade: qualificar melhor o trabalho da propaganda em Minas Gerais por meio do fomento ao profissional de Planejamento; aproximar os planejadores do mercado para que todos trabalhem melhor; e levar o Clube ao meio acadêmico.
No encerramento, Mônica Carneiro (FALA!), vice-presidente do CPMG, responsável pelo pontapé inicial que deu origem o Clube, disse: Essa iniciativa é simples, rica e objetiva, tanto em conteúdo como em propostas, desejos e pessoas. O desafio de manter esse elo agora é de todos.
Como se associar Os interessados em saber como se associar ao Clube de Planejamento de Comunicação de Minas Gerais podem obter informações escrevendo para o e-mail monicafala@hotmail.com.