A demissão de altos executivos da Toshiba, incluindo o seu presidente, Hisao Tanaka, e os ex-presidentes Norio Sasaki e Atsuoshi Nishida, acusados de inflar os balanços da gigante japonesa é destaque em todo o mundo, em especial no Japão. A fraude contábel segundo grandes jornais, a exemplo do especalizado e britânico Financial Times é da ordem de US$ 1,25 bilhão. O pedido de desculpas do agora ex-presidente, que a BBC News levou ao ar, foi apenas um ato formal buscando preservar a imagem e reputação da Toshiba, que tomou medidas drásticas para combater a fraude que pode ter influenciado opções no mercado de capitais a acionistas.
Em nota oficial, a companhia informou que “existia uma cultura corporativa na Toshiba em que a vontade dos superiores hierárquicos não podia ser desafiada”, estampa o relatório, adicionando que os líderes empresariais e seus subordinados “implantaram práticas contábeis inapropriadas de forma contínua” para alcançar metas que sempre revertiam em bônus aos executivos.
A fraude foi descoberta por auditoria independente que constarou o uma maquiagem no balanço da ordem de 4,4 bilhões de yens, a moeda japonesa, reportados incorretamente como lucro. A Toshiba tem que hoje, 22, os negócios com papéis da companhia sofram o impacto das medidas no ocidente. Mas segue firme no propósito de informar ao mercado dee capitais e acionistas que tomou medidas drásticas e que, apesar da fraude, continua a registrar ganhos em todos os mercados em que atua.
Hisao Tanaka, ao reconhecer o erro, admitiu que “houve o dano mais grave à nossa imagem e marca ao longo de 140 anos de história”. Agora, resta saber se os investidores terão essa mesma percepção. A empresa deve intensificar as auditorias para verificar os envolvidos nesse verdadeiro escândalo financeiro.