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さようなら, ADEUS TOMIE OHTAKE - Revista Publicittà さようなら, ADEUS TOMIE OHTAKE - Revista Publicittà

さようなら, ADEUS TOMIE OHTAKE

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A artista plástica Tomie Ohtake, que nasceu na cidade de Kyoto, no Japão, em novembro de 1913, chegou ao Brasil em 1936 para visitar um irmão e diante da impossibilidade em retornar face ao agravamento da guerra, acabou ficando. Ganhou Tomie e ganhou o país que a acolheu, pois essa mulher sempre atenciosa com todos participaria ativamente dos movimentos culturais do seu tempo, deixando sua marca nas artes. Adeus, Tomie, さようなら.

YUME IKEDA, DE TOKIO
A mulher que viveu um ano a mais que um século ganhou lugar destacado no mundo da arte abstrata, que abria espaço para novos artistas ousarem, sobretudo os japoneses que encontram no Brasil a sua pátria. Tomoo Handa, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima e Kazuo Wakabayashi formaram com Tomie um grupo que aliou alguns conceitos simples, traços orientais de pinceladas rápidas com as cores primárias do Japão, onde se usa muito o nanquim preto e vermelho com o colorido e as formas mais soltas, mais leves do Brasil, inclusive mais curvas, esvoaçantes como as aves dos trópicos.

Tomie levaria para as esculturas essa originalidade, essa mescla de culturas, que acabaria por resultar numa obra destacada no cenário, para o qual sempre contribuiu a sua enorme solicitude e resiliência diante da vida, dos seus revezes e de suas perdas e ganhos. Tomie, como muitos japoneses que têm suas origens em Kyoto, uma cidade de origem budista, sabia ouvir mais do que falar, ensinava em silêncio e aprendia com os sons, os pintava. Assim, conquistava com generosidade todos ao redor. E imprimiu nas suas esculturas gigantes que foi espalhando por vários lugares e cidades a sua marca,  a sua arte, abstrata, aberta para novos conceitos, sempre jovem, algumas vezes criticada.

Tomie se vai. A sua obra fica, a sua marca, o seu traço e sobretudo as suas qualidades que caberá ao Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, projetado pelo seu filho, o arquiteto Rui, a arquitetar agora a memória em obra dessa mulher silenciosa, que gritava sua existência por meio de quadros e esculturas.  Os nascidos em Kyoto acreditam que almas leves se tornam pássaros ou flores de cerejeira, de imagem abstrata Tomie poderá ser a fusão dessas lendas. Adeus.

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