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DIÁRIO DO GOLPE: MINAS GERAIS CONTRA O GOLPE

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Por Léo Rodrigues/Correspondente da Agência Brasil

Manifestantes que participaram hoje (31) de ato em Belo Horizonte classificaram o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff de “repetição da História”, em referência a movimentos de oposição aos ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Na noite desta quinta-feira, músicos, políticos e líderes de movimentos sociais dividiram o palco da Praça da Estação, região central da capital mineira.

Fora do palanque, a advogada Natália Ribeiro, 65 anos, tomou a iniciativa de distribuir 500 cópias da carta escrita por Getúlio Vargas antes de seu suicídio, em 1954. Para ela, os grupos políticos contrários às políticas sociais e trabalhistas que faziam oposição a Getúlio são os mesmos que hoje querem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “A ideia de fazer as cópias surgiu depois que o Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] mencionou a carta em seu discurso no ato do dia 18 de março. Com uma leitura atenta, vemos que o processo é muito similar. Mas a Dilma não vai se suicidar. Não vai ter golpe”, disse.

Getúlio não foi o único ex-presidente lembrado pelos manifestantes. A pedagoga aposentada Tereza Augusta, 78 anos, também acredita que não há novidade na postura da atual oposição ao governo federal. “Primeiro, fizeram com Getúlio, depois com Juscelino Kubitschek, que quase não tomou posse. Os setores conservadores sempre acharam que são donos do Brasil.”

Um dos músicos que subiu ao palco celebrou a diversidade e foi ainda mais longe na comparação histórica. “Nós vemos brancos, negros, índios, vermelhos, verde-amarelos, todas as cores e raças reunidas em defesa de algo que nós conquistamos muito tardiamente no Brasil, que é a democracia. Os gregos já trabalhavam isso lá atrás”, disse Bruno Henrique Tonelli, 29 anos, da banda Tribalzen.

Canto pela democracia

O ato em Belo Horizonte recebeu o título de “Canto pela democracia” e foi organizado por uma rede de artistas e músicos. Foi, portanto, diferente do ato do dia 18 de março, liderado por entidades como a Central Única dos Trabalhadores  (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Nesta quinta-feira, houve mais música, com discursos breves no intervalo das apresentações. A Polícia Militar estimou o público em 10 mil pessoas. Para os organizadores foram 40 mil.

Dessa vez, os movimentos sociais e sindicais se mobilizaram para reforçar o ato em Brasília. Segundo Luiza Lafetá, membro da direção do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de Minas Gerais, cerca de 200 ônibus saíram de todo o estado em direção à capital do país.

Luiz Gabriel Lopes, 29 anos, músico da banda Graveola e o Lixo Polifônico, aprovou o formato do ato de hoje. “Estamos vivendo um momento de maniqueísmo exagerado, onde os discursos de ódio eclodem facilmente. E a arte vem iluminar os corações e trazer sensibilidade para a política. Os momentos de crise podem ser frutíferos, desde que conduzidos com serenidade”, disse.

A bióloga Carolina Cunha Monteiro, 30 anos, também defendeu uma saída serena pra o atual cenário de crise política. Para ela, o processo de impeachment está enviesado. “Estão querendo substituir um plano de governo eleito nas urnas para colocar no lugar uma política que defende outros interesses.”

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