Maria Laura Nicotero, CEO da Momentum, participou do “Mulheres sem Barreiras”, programa trimestral da Johnson & Johnson, que visa a promoção de ações que contribuam para a igualdade de gênero na empresa. A executiva, juntamente com Tata Amaral, cineasta; e Magaly Arrais, cirurgiã cardiovascular do Instituto Dante Pazzanese/HCor; falaram sobre os desafios das mulheres em suas áreas de atuação: publicidade, cinema e medicina.
Na ocasião, Maria Laura falou sobre a fraca presença ou evidência de lideranças femininas na publicidade. “Quando assumi a presidência da Momentum, tinha a missão de trazer a diversidade para a agência e provocar o cascateamento desse movimento. Muitas empresas possuem essa mesma missão e, no começo, até que é bem igualitário. Mas não há horários flexíveis e, na hora que a mulher começa a tomar decisões como ter filhos, ela opta por sair do jogo. Essa decisão tem que ser isenta de julgamento porque o importante é que as mulheres sejam autênticas e deixem claro o que elas querem de suas vidas. Tem momentos que será o trabalho, em outros, será a família. E isso vale tanto no setor da comunicação quanto nos outros”, pontua a executiva.
Para se ter uma ideia, o número de mulheres em cargos de liderança no Brasil subiu em relação a 2015, segundo pesquisa International Business Report (IBR) – Women in Business, realizada pela Grant Thornton, em 36 países. A presença de mulheres em cargos de CEO aumentou de 5% em 2015 para 11% neste ano. O número de empresas com mulheres no comando financeiro (CFO) também registrou o mesmo salto, de 5% para 11%. Apesar da melhora, as empresas brasileiras ainda figuram com uma média geral de 19% de cargos de alto escalão ocupados por mulheres, índice abaixo da média global, de 24%.
Na América Latina, apenas 18% das funções de gerenciamento sênior são ocupadas por executivas, dado que se manteve estável no último ano. Nessa região, de acordo com a pesquisa, a área de telecomunicações e mídia é a que concentra o maior volume de executivas no gerenciamento (35%), seguida pela área financeira (34%). Globalmente, os setores de turismo e hotelaria, e de saúde se destacam, com 31% e 29% de mulheres na liderança, respectivamente.