Por Yume Ikeda, de Tokyo
Os perfumes do mercado de luxo, que depois acabam ganhando versões piratas e até imitações, sempre buscam nas sensações, naquilo que o latim denomina de “spiritus”, na verdade sopro/respiração, por ser a ponte metafórica entre a matéria e o sagrado, embala o novo lançamento de Kenzo. É a este conceito que recorrem os diretores artísticos Carol Lim e Humberto Leon para apresentar o primeiro perfume que criaram para a grife, o Kenzo World.
O lançamento é ancorado por filme dirigido por Spike Jonze e estrelado por Margaret Qualley e que celebra esse “sopro”, esse “spiritus”de liberdade. Tanto que ao mergulhar nas notas do perfume, Margaret abandona o lugar em que está em uma mesa bem posicionada num grande teatro e corre para seus corredores e livre, como um espírito, deixa de ver a presença dos demais ou os dribla, etérea.
O mercado de luxo, mais que o produto, vende sempre o conceito e Kenzo World quer se oferecer como uma ponte entre a matéria e as energias, o “spiritus”, o sopro que nos ronda e nos conecta com a liberdade de movimentos. Uma estreia bastante movimentada e elegantemente vestida de Carol Lim e Humberto Leon na pele e nas sensações de Margaret pelas mãos de Spike Jonze.