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O luxo revolucionário do Cohiba

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A marca de charuto cubano mais cobiçada por milionários, o Cohiba, é um luxo que nasceu da revolução cubana de 1959, quando Fidel Castro derrotou as forças de Fulgêncio Batista, o ditador ( um preposto dos Estados Unidos) nessa ilha caribenha. Nessa época, a ilha vivia dos bordéis, dos cassinos, da cana-de-açúcar e do tabaco, sendo que em todas essas atividades o que garantia lucros exorbitantes era a exploração da mão-de-obra nativa, que aderiu, por isso mesmo, as forças revolucionárias capitaneadas por Fidel Castro e Che Guevara com grande alegria e destemor.

A história do hoje disputadíssimo e caro Cohiba começa ser escrita em 1966, depois que, em 1960, grandes proprietários de fábricas de charuto deixam aquele país em decorrência da estatização de seus parques fabris.

Então, em 1966, para provar que é o fumo de Cuba e a sua mão-de-obra artesanal é que fazem a diferença, Fidel Castro decidiu lançar o Cohiba. O primeiro charuto fruto do regime comunista, que manteria mundialmente a fama dos famosos “habanos”, como ficaram conhecidos os produtos que deixavam Havana para conquistar o mundo e como foi designada a principal fábrica cubana, a Habanos.

O nome Cohiba é originário da linguagem dos índios tainos, nativos de Cuba, que quer dizer folhas de tabaco. Essa preciosidade, produzida por mãos artesanais, enrolando as folhas do tabaco, cortadas e colhidas manualmente, logo se tornaria objeto do desejo de muitos e ao alcance de poucos. No início, o Cohiba ficou restrito ao consumo de Fidel Castro (que só parou de fumar em 1985, por ordem médica) e da burocracia cubana. Só em 1982, a marca passou a ser produzida e vendida em larga escala, sem abandonar o processo artesanal, nem a aura de exclusividade que mantém os preços desse “habano” sempre em alta.

O segredo desse charuto, produzido manualmente, está na selação de folhas (as melhores da ilha) e no processo de fermentação das mesmas, que é triplíce. É essa condição que faz com que tenha, para os amantes do tabaco, um aroma e sabor inconfundíveis, envelhecido sem perder o frescor.

No começo, esses charutos eram vendidos nos tamanhos Lancero, Corona, Especial e Panetela. Em 1989, foram introduzidos os tamanhos Esplendido, Robusto e Exquisito. No ano de 1992, a Habanos S.A., produtora da marca, lançou a Linea 1492, com o charuto Siglo I, para comemorar o aniversário de 500 anos do descobrimento do Caribe por Cristóvão Colombo. Tornou-se um dos ícones do consumo e o produto abriu espaço para novos lançamentos e a conquista de novos e emergentes mercados.

Em 2002, na seqüência dos lançamentos especiais, foi lançado o Siglo VI, com a caixa de 25 charutos vendida a US$ 3 mil, em Cuba, porque para os consumidores americanos, ela chega ao dobro, sobretudo em função do embargo econômico daquele país em relação a ilha de Fidel Castro e dos cubanos. Feito com a melhor seleção de folhas de tabaco de Cuba, provenientes dos campos de Pinar del Rio, o Siglo VI recebe tratamento especial. Suas folhas, envelhecidas durante três anos, contam com uma terceira fermentação (normalmente as folhas são fermentadas duas vezes, mas no caso do Cohiba é a terceira fermentação que garante a qualidade de toda a linhagem). É esse processo que o torna ainda mais especial.

Os produtos da marca Cohiba são apresentados em duas linhas: a Clássica, desenvolvida entre 1966 e 1989, e a linha 1492, criada em 1992. As caixas aparecem nas versões Siglo I, II, III, IV e V. É esse o presente que Fidel Castro leva para o mundo e que distribui, quando está de bom humor, a visitantes ilustres. Uma prova de que a revolução tem o seu lado glamouroso. Um luxo para poucos.

Em 2006, a Habanos registrou faturamento de US$ 370 milhões, 8% a cima do verificado em 2005. Cuba, segundo empresa, responde hoje por um terço dos 400 milhões de charutos vendidos anualmente no mundo.

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