IBOPE Mídia desvenda hábitos de consumo de mídia na era da convergência
Estudo Conectmídia revela que 70% da população paulistana indica o celular como item prioritário no dia-a-dia e 30% são a favor da propaganda no aparelho
O cenário contemporâneo é marcado pela convergência das mídias, pela alta tecnologia e pela disseminação de vasta quantidade de informação. Pensando na conexão entre pessoas, marcas e meios, o IBOPE Mídia apresenta o estudo inédito Conectmídia: Hábitos de consumo de mídia na era da convergência.
Destaque no MaxiMídia 2009, maior evento brasileiro do segmento que acontece em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de outubro, a pesquisa propõe uma reflexão sobre os impactos da chamada era do conhecimento. A conectividade leva os usuários a um patamar de participação nunca antes imaginado. As personagens dessa nova história interagem, disseminam conteúdo, intervêm e opinam com muito mais vigor e velocidade, afirma Juliana Sawaia, gerente de marketing do IBOPE Mídia.
Dora Câmara, diretora comercial do IBOPE Mídia, destaca que o espectador transformou-se em colaborador com a evolução das formas de comunicação. As pessoas reportam novidades e trocam informações, mas o que as diferencia é o potencial de influência e decisão em seu círculo de relacionamentos, explica.
A exposição múltipla aos meios revela consumidores mais exigentes, bem informados e concorridos: 81% deles importam-se mais com a qualidade da informação do que onde a encontram. O conteúdo torna-se o grande protagonista, independente da plataforma em que está exposto, expõe Juliana. Para conectar-se à nova realidade é necessário interagir com o tempo que é escasso, lidar com o volume de informações que é crescente, monitorar o padrão de consumo que é dinâmico e desvendar os desejos que estão cada vez mais singulares, completa.
Informação
A pesquisa Conectmídia aponta que 53% das pessoas sentem-se pressionadas com a quantidade de informação disponível nos dias atuais. Junto ao público feminino, este índice é de 56%.
Dois terços da população, porém, afirmam que conseguem absorver toda a informação e tecnologia disponíveis, principalmente, entre o público jovem de até 24 anos. Transformar quantidade em qualidade e excesso em aprendizado são os grandes desafios, destaca Dora.
Tempo
A interação com esse crescente volume de dados envolve questões como instantaneidade e tempo, elemento que estará, segundo praticamente metade da população paulistana (46%), escasso em 2020. Na lista de limitações constam ainda recursos naturais( 81%), saúde (65%) e trabalho (56%).
A identificação com a frase Sinto meus dias passarem muito mais rápido do que antigamente é comum a 90% das pessoas. Entre as mulheres e jovens entre 25 e 34 anos, esse índice cresce para 93%.
A busca da individualidade é determinada como resposta à fluidez e extinção do tempo: 86% gostariam de ter mais tempo para si.
Comportamento midiático
No que diz respeito ao consumo das mídias, 82% da população paulistana afirma dedicar-se a um meio de cada vez. Entre os consumidores jovens, porém, a convergência de outros meios com a internet é representativa: quase metade deles acessam a web enquanto assistem à TV ou enquanto ouvem rádio. Outra realidade latente para o público de 18 a 24 anos é o download de filmes e séries: 45% possuem esse hábito, contra uma média de 22%.
Já o público adulto de 25 a 34 anos, além de ser mais preocupado com a qualidade da informação, destaca-se no consumo simultâneo de mídia impressa e televisão, e também de mídia impressa e rádio. O consumo simultâneo de mídia é inevitável e já faz parte da rotina de uma parcela considerável da população. A sinergia entre os meios de comunicação é fundamental, destaca Dora.