DIÁRIO DO GOLPE: CORRUPTOS E SONEGADORES UNIDOS PELO GOLPE

Por Carlos Franco

O golpe contra  a democracia brasileira, na figura do impeachment da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, sem base e sem sustentação jurídica, será votado hoje, 17 de abril de 2016, a partir das 14 horas, numa sessão do Congresso Nacional presidida por Eduardo Cunha, réu por corrupção em ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).

A favor do impeachment se uniram corruptos, corruptores, sonegadores e totalitários que têm usado como símbolo um pato, de campanha da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que representa os interesses dos maiores sonegadores fiscais do país (confira aqui) e dos maiores corruptores da política brasileira por meio de doações não declaradas aos parlamentares e partidos políticos. De verdade, na campanha da Fiesp, apenas o indicativo de que nós, brasileiros, pagaremos o pato na figura dos impostos e contribuições que os empresários sonegam e, ainda assim, recorrem aos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), gestor do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) criado para preservar os empregos que essas empresas ceifam por má gestão e cujos empresários estranhamente figuram entre as grandes fortunas do país. A esses se somam parlamentares corruptos e totalitários que nunca aceitaram o preceito constitucional de “que todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”. Procuram com o impeachment cassar o voto de 54 milhões de brasileiros que elegeram Dilma Rousseff num dos atentados mais vergonhosos à democracia brasileira. 

A imagem de divulgação do filme “Batman, o retorno”, da Fox, e o vilão Pinguim, é uma apenas uma caricatura infantil diante da face real dos corruptos, corruptores e totalitários, incluindo nesse rol uma grande imprensa nefasta e tradicionalmente golpista na defesa do interesses das elites brasileiras. É a imagem do filme, no entanto, a justa imagem do pesadelo no qual parlamentares sem escrúpulos assim como setores do Poder Judiciário que não respeitam os ritos do Direito e a imparcialidade da Justiça, mergulharam o país nos últimos meses prometendo para hoje um atentado ao Estado Democrático de Direito e ao voto de 54 milhões de brasileiros.