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YOKOKUHAN OU O CYBERTERRORISMO EM 360 GRAUS - Revista Publicittà YOKOKUHAN OU O CYBERTERRORISMO EM 360 GRAUS - Revista Publicittà

YOKOKUHAN OU O CYBERTERRORISMO EM 360 GRAUS

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YOKOKUHAN é um “mangá” , uma história em quadrinhos japonesa também conhecida, em inglês, por Prophecy. Criada por Tetsuya Tsutsui, YOKOKUHAN fez enorme sucesso na Europa, Estados Unidos e ganhou uma versão brasileira pela Editora JBC em três volumes, que podem ser comprados via internet, depois de publicada entre 2011 e 2013 na revista japonesa Jump Kai. A temática de Tetsuya Tsutsui gira em torno do cyberterrorismo e é bem atual. Nela, um justiceiro, “The Newspaper Bandit”, o bandido do jornal por aparecer no Youtube usando uma máscara de jornal ameaça e pune aqueles que considera maus e que incitam o ódio, humilhando seus pares ou tirando proveito das mazelas do outro – exatamente o que não falta nas redes sociais onde proliferam aqueles que desrespeitam as diferenças e outro até por não terem mesmo respeito a si próprios além do ódio que destilam se achando o máximo.

YOKOKUHAN ganhará filme de longa metragem a ser lançado no segundo semestre, mas chega agora numa versão diminuta no Youtube por meio do coletivo Party, um dos primeiros a fazer uso das ferramentas do Google Chrome que permitem uma visão 360 graus, onde além da história central, outras podem ser observadas no entorno, na luta entre o “justiceiro” e a polícia especializada em crimes cibernéticos. É um trabalho pioneiro e que ainda parece, para quem o vê em internet de baixa velocidade, como no Brasil, primário, mas é fantástico por testar os limites da tecnologia.

 

POR YUME IKEDA, DE TOKYO

O pequeno filme YOKOKUHAN adentra nas ruas mais pobres de Nakano  e é um jornal da bandidagem. E pode ser acompanhado também pelos celulares, tanto para aplicativos iOS como Android ou Google Chrome, que participa diretamente do projeto no desejo de difundir e se colocar num patamar acima da produção hoje existente em audiovisual. Não se engane, o experimento não é bonito de se ver. O seu trunfo está na velocidade das ações e no fato de várias delas ocorrerem paralelamente o que permite acompanhar e até mergulhar em detalhes que passariam em branco.

As ruas apresentadas não são bonitas, nem coloridas, são estreitas, soturnas e o comércio é paupérrimo, a intenção é a de mostrar esses conflitos. Num país rico como o Japão, também existem aqueles que vivem à margem das conquistas da economia e do hightech, a alta tecnologia que tanto seduz o japoneses, e é justamente esse ambiente o foco da produção que testa esses limites tecnológicos da inovação em audiovisual e onde o “justiceiro” age. Vale ver a produção pelas amplas possibilidades oferecidas, mas é sempre bom alertar: não gire demais as ferramentas caso contrário verá o chão ou o céu e em internet mais lenta existe um gap para retornar ao cenário inicial. Mas a ideia é essa mesma: permitir a interatividade.

Então divirta-se com experimento de Party que como a história original de YOKOKUHAN é de tirar o fôlego. Melhor ler também a história que tem um desenrolar atraente e um final surpreendente. YOKOKUHAN tem exatamente a força modernidade, desse mundo que vivemos hoje e de seus conflitos. 

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